Iniciadas obras emergenciais nos diques localizados no bairro Sarandi
O Departamento Municipal de Ãgua e Esgotos (Dmae) iniciou na tarde desta sexta-feira, 30, as obras emergenciais nos diques do bairro Sarandi. As intervenções, apresentadas à comunidade durante reunião realizada no inÃcio do mês de agosto, fazem parte do plano de reconstrução de Porto Alegre.
As equipes estão no dique da Fiergs - estrutura que, em alguns pontos, tem dois metros a menos de altura em relação ao projeto, elaborado na década de 1960. A obra vai elevar o nÃvel do dique para 5,5 metros, em toda a sua extensão. Para isso, pedras-rachão serão posicionadas, ampliando a largura da estrutura, que será aterrada.
Em paralelo, será realizado o trabalho de melhoria dos acessos ao dique do Sarandi - que, em maio, apresentou pontos de extravasamento. Foram notados, ainda, dois locais com altura inadequada entre as Estações de Bombeamento de Ãguas Pluviais (Ebaps) 9 e 10. Na obra emergencial, o Dmae fará a elevação do nÃvel onde necessário e a impermeabilização dos pontos com fuga de água.
O custo das intervenções é de R$ 10 milhões, com recursos próprios. Outros R$ 510 milhões estão previstos para obras emergenciais no âmbito do saneamento (água, esgoto e drenagem). Já estão em andamento os estudos sobre as comportas - que serão substituÃdas, reforçadas e/ou fechadas permanentemente; casas de bombas, que terão obras de qualificação; e a recuperação das patologias do Muro da Mauá.
Habitação - Ao todo, 48 residências localizadas sobre o dique do Sarandi foram retiradas em junho, quando houve a primeira intervenção na área. Nenhuma remoção será necessária na etapa iniciada nesta sexta. O Departamento Municipal de Habitação (Demhab) identifica as famÃlias para encaminhamento de moradias junto ao Governo Federal, viabilizando as próximas fases das obras.
Reconstrução - O Plano Estratégico de Reconstrução de Porto Alegre foi estruturado em seis eixos: recuperação da infraestrutura e equipamentos públicos, habitação de interesse social, projetos urbanos resilientes, recuperação de atividades empresariais e financiamentos, adaptação climática e monitoramento e transparência. Em 5 de julho, a prefeitura instituiu, por lei, o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática, que tem o objetivo de atuar como um facilitador na integração dos órgãos municipais.
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Cristiano Vieira