Porto Alegre encerra 2020 com dez mortes a menos no trânsito
O balanço parcial de acidentalidade deste ano aponta uma redução de mais de 14% no número de mortes no trânsito da Capital. Foram 74 vidas perdidas em 2019 e, de janeiro até 28 de dezembro deste ano, 64. Isso significa que dez vidas a menos foram perdidas em acidentes. Em relação ao mês de dezembro, até o momento, a redução foi de 50%, sendo oito em 2019 e quatro em 2020. O resultado, apesar do elevado número de mortes, é considerado positivo pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e consequência dos três principais focos desta gestão: educação, engenharia e fiscalização.
“Só iria comemorar se não houvesse nenhuma morte em razão de acidentes. Não são números, são vidas, mas a redução neste ano, assim como nos anteriores, é progressiva. Isso é importante, pois demonstra alguns acertos na condução da empresaâ€, destaca o diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano. Até 29 de dezembro, a Comissão de Análise do Programa Vida no Trânsito (PVT) verificou 73% dos 62 acidentes que resultaram em 64 mortes nas vias urbanas de Porto Alegre no ano de 2020. Os principais fatores e condutas de risco constatados, adotando-se a metodologia proposta pelo PVT, foram: velocidade excessiva ou inadequada, condutor sem CNH regular, comportamento imprudente (condutores e pedestres), toxicologia positiva (condutores e pedestres) e avanço de sinal (condutores e pedestres). Importante salientar que os dados de mortalidade no trânsito são parciais, o fechamento será em 31 de janeiro de 2021, pois há necessidade de acompanhar as mortes posteriores ao acidente, pelo perÃodo de 30 dias.
A maioria dos números reduziu em relação a 2019. O registro do total de acidentes diminuiu 33%, de 13.125 para 8.752. O de acidentes em que houve vÃtimas fatais caiu 14%, de 72 para 62. Também houve redução nos acidentes envolvendo motos, 22%, de 3288 para 2557, além dos envolvendo bicicletas, 11%, de 211 para 186. Para o diretor-presidente, Fabio Berwanger Juliano, é um bom resultado, pois, mesmo com a redução de fluxo em razão das medidas de isolamento social, houve um aumento de acidentes com morte em abril e maio deste ano. “Quando a circulação de veÃculos estava menos da metade do que é considerado normal, as pessoas correram mais e, por consequência, os acidentes se tornaram graves, resultando em feridos graves ou em mortes. Fizemos um alerta, ampliamos as campanhas de educação e isso deu resultadoâ€, explica. O número de atropelamentos também diminuiu 37%, passando de 834 ocorrências para 525. Os registros de atropelamento de idosos, público foco de campanhas educativas desde o ano passado, reduziram 30% - dado que pode ter relação com o resguardo em razão da pandemia por CoronavÃrus. Todos os registros, ainda parciais, estarão disponÃveis no inÃcio de janeiro no site da EPTC.
 Â
Â
Andrea Brasil