Taxistas da Capital seguem novas regras para vestimentas
Segundo a resolução, a bermuda poderá ser de jeans, sarja ou social em qualquer cor, única (lisa), e com comprimento sobre o joelho, ou abaixo deste. Na mesma resolução, e após reunião entre EPTC e representantes de 150 condutoras, ficou definido o padrão de vestimenta especÃfico para as mulheres taxistas no dia a dia do serviço, que historicamente reclamavam da obrigação do uso de roupas consideradas, por elas, masculinizadas.
Além de permitir a bermuda, e especificar outros itens de vestimenta para os homens, também autoriza as mulheres a usarem blusa com colarinho em qualquer cor, única (lisa); camisa com colarinho em qualquer cor, única (lisa); saia de comprimento abaixo do joelho em qualquer cor, única (lisa); calça feminina do tipo “pescadorâ€, em qualquer cor, única (lisa); colete, em qualquer cor, única (lisa); sapatilhas e sandálias presas ao pé, exceto do tipo chinelo. A vestimenta para as mulheres vale para o ano todo.
Condutores - Desde 1993 na profissão, o taxista Júlio César Vieira ficou satisfeito com a decisão. “Sou totalmente de acordo com a liberação do uso da bermuda. Sofremos muito com este calor. Em muitos momentos do dia a gente fica parado no ponto, até fora do táxi. A prefeitura foi sensÃvel aos nossos pedidosâ€, diz. Seu colega de profissão, Claudionor dos Santos Machado, taxista há 23 anos, afirma que a bermuda atende uma necessidade de saúde para trabalhar.
Mulheres - A decisão sobre a definição do novo padrão de vestimenta foi comemorada pelas taxistas que participam ativamente do grupo de WhatsApp, “Luluzinhas dos táxisâ€, onde debatem as pautas da categoria. Jane Marcos, 18 anos na profissão, diz que finalmente não terá mais a obrigação de vestir apenas roupas de padrão masculino. “Quero agradecer a compreensão da prefeitura. Nossas reivindicações foram atendidas, em grande parte dos pedidos. Após 18 anos como taxista, agora terei finalmente a oportunidade de usar roupas bem femininas. Até então, não me sentia a vontade no padrão exigido, muito do estilo masculinoâ€.
Gerusa Carneiro Bolok, dois anos na profissão, também elogiou à s novas normas. “Foi importante para nós esta definição, ainda mais com todo este calor que faz por aqui. Vamos trabalhar com mais vontade aindaâ€. Com 12 anos de serviço nos táxis, integrante do ponto da Rodoviária, Andréia Terres, uma das lideranças da categoria, apoia a decisão. “Nossos pedidos foram atendidos. Houve bom senso da prefeitura, da direção da EPTC e da equipe de fiscalização de transporte. Eles cederam um pouco e nós também. O resultado foi muito positivo", diz.
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Fabiana Kloeckner