Taxistas da Capital seguem novas regras para vestimentas

07/02/2019 15:20
Cláudio Furtado/EPTC PMPA
EPTC
Reunião aconteceu na manhã desta quinta-feira, 7
A prefeitura vai autorizar a utilização de bermudas para os taxistas da Capital, com uso permitido até 31 de março. A resolução, com as novas normas, atende reivindicação da categoria, em razão do elevado calor deste verão. A medida será publicada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), até a próxima segunda-feira, 11.

Segundo a resolução, a bermuda poderá ser de jeans, sarja ou social em qualquer cor, única (lisa), e com comprimento sobre o joelho, ou abaixo deste. Na mesma resolução, e após reunião entre EPTC e representantes de 150 condutoras, ficou definido o padrão de vestimenta específico para as mulheres taxistas no dia a dia do serviço, que historicamente reclamavam da obrigação do uso de roupas consideradas, por elas, masculinizadas.

Além de permitir a bermuda, e especificar outros itens de vestimenta para os homens, também autoriza as mulheres a usarem blusa com colarinho em qualquer cor, única (lisa); camisa com colarinho em qualquer cor, única (lisa); saia de comprimento abaixo do joelho em qualquer cor, única (lisa); calça feminina do tipo “pescadorâ€, em qualquer cor, única (lisa); colete, em qualquer cor, única (lisa); sapatilhas e sandálias presas ao pé, exceto do tipo chinelo. A vestimenta para as mulheres vale para o ano todo.

Condutores - Desde 1993 na profissão, o taxista Júlio César Vieira ficou satisfeito com a decisão. “Sou totalmente de acordo com a liberação do uso da bermuda. Sofremos muito com este calor. Em muitos momentos do dia a gente fica parado no ponto, até fora do táxi. A prefeitura foi sensível aos nossos pedidosâ€, diz. Seu colega de profissão, Claudionor dos Santos Machado, taxista há 23 anos, afirma que a bermuda atende uma necessidade de saúde para trabalhar.

Mulheres - A decisão sobre a definição do novo padrão de vestimenta foi comemorada pelas taxistas que participam ativamente do grupo de WhatsApp, “Luluzinhas dos táxisâ€, onde debatem as pautas da categoria. Jane Marcos, 18 anos na profissão, diz que finalmente não terá mais a obrigação de vestir apenas roupas de padrão masculino. “Quero agradecer a compreensão da prefeitura. Nossas reivindicações foram atendidas, em grande parte dos pedidos. Após 18 anos como taxista, agora terei finalmente a oportunidade de usar roupas bem femininas. Até então, não me sentia a vontade no padrão exigido, muito do estilo masculinoâ€.

Gerusa Carneiro Bolok, dois anos na profissão, também elogiou às novas normas. “Foi importante para nós esta definição, ainda mais com todo este calor que faz por aqui. Vamos trabalhar com mais vontade aindaâ€. Com 12 anos de serviço nos táxis, integrante do ponto da Rodoviária, Andréia Terres, uma das lideranças da categoria, apoia a decisão. “Nossos pedidos foram atendidos. Houve bom senso da prefeitura, da direção da EPTC e da equipe de fiscalização de transporte. Eles cederam um pouco e nós também. O resultado foi muito positivo", diz.

 

Claudio Furtado

Fabiana Kloeckner