Pedro Piegas / PMPA

Com a ampliação da abordagem noturna em Porto Alegre, na modalidade de busca ativa, mais de 360 pessoas em situação de rua aceitaram o atendimento e foram encaminhadas ao acolhimento em albergues noturnos nos últimos seis meses. O serviço - que começou no projeto-piloto com a busca ativa ate as 23h, em setembro do ao passado -passou a ser realizado, durante a semana, das 20h até meia-noite. A ação efetivada por equipes da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), por meio da Organização da Sociedade Civil (OSC) Projeto Restaurar, tem o apoio da Guarda Municipal. Faz parte do Plano Municipal de Combate à Situação de Rua, coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), que prevê a redução de pessoas em situação de rua, em quatro anos, na Capital.

O secretário da SMDS, Léo Voigt, reforça a importância do trabalho da equipe, composta por assistente social e educador social. “São perfis diferentes e diferentes ofertas de serviços, possibilitando a qualidade do serviço e resultado nessa travessia”.

Na noite de quinta-feira, 18, a equipe encaminhou 14 pessoas ao Albergue Acolher. Para o presidente da Fasc, Cristiano Roratto, além das abordagens solicitada pelo cidadão por meio do disque 156 opção 7, a ação é pensada na perspectiva de ampliar a oferta de acolhimento: “Fortalecemos o olhar para o cotidiano e com trabalho intensivo para melhorias no atendimento, tornando a superação da situação de rua como a única alternativa”.

De acordo com o assistente do Projeto Restaurar, Fernando da Cunha Luz, a partir da articulação entre a rede municipal é possível ofertar acesso aos serviços como saúde pública e vagas em acolhimento ao público feminino, masculino, idosos e LGBTQIA+, somando mais de 310 pessoas acolhidas por mês. No albergue, recebem cuidados e proteção como higiene pessoal, banho, jantar, dormitório e café da manhã.

Os desentendimentos familiares, questões financeiras, desemprego e uso de substâncias psicoativas estão entre as principais causas que levam à situação de rua. Fernando ressalta a importância da ação “É fundamental para identificação desses públicos mais vulneráveis e encaminharmos aos serviços e retorno a cidade natal, como o casal jovem que esteve na última semana conosco e retornou nesta quinta-feira para Passo Fundo junto a família de origem”.

Veja aqui a Rede de Atendimento à População de Rua