Julio Ferreira / PMPA

Os desafios dos serviços de abordagem social no combate ao trabalho infantil foram discutidos nesta terça-feira, 14, no estande da prefeitura na Feira do Livro. O encontro promovido pelo núcleo do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e Comissão Municipal do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Competi) reuniu representantes das 11 equipes de abordagem social da rede socioassistencial, trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), além de frequentadores do evento.

O presidente da Fasc, Cristiano Roratto, reforçou a importância de sensibilizar a sociedade para combater o trabalho infantil. Além de campanhas educativas exibidas em relógios de rua e busdoor, destacou como fundamentais espaços de reflexão como a Feira do Livro. “Os desafios da rua são imensos. Refletir a não normatização do trabalho infantil, assim como ampliar conhecimento e reconhecimento às equipes de abordagem são imensos desafios”, contou.

A educadora popular, mestra e doutora em educação e especialista no direito da criança e adolescente Paulina dos Santos Gonçalves falou da potencialidade e fragilidades dos serviços, assim como o ressurgimento de crianças nas ruas após a pandemia. Por sua vez, o técnico da Ação Rua da Rede Calábria e psicólogo, Guilherme Severo, chamou a atenção para que as redes e micro redes de atendimento à criança e adolescentes estejam alinhadas, fortalecendo os espaços de proteção.

Proteção - A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Fasc, possui mais de 140 termos de colaboração para execução do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV) e Trabalho Educativo voltados às crianças e adolescentes. Das mais de 11 mil crianças e adolescentes acompanhados por equipes em diversas regiões da cidade, 256 são oriundas de medidas de prevenção do trabalho educativo.