Encontro debate rumos do serviço de acolhimento familiar para crianças e adolescentes
A Prefeitura de Porto Alegre comemorou os três anos do serviço Família Acolhedora no município. O evento que marcou a data foi realizado nesta quinta-feira, 20, por meio da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), em parceria com o Abrigo João Paulo II, Juizado da Infância e Juventude e Ministério Público do Rio Grande do Sul. Gestores e técnicos da rede socioassistencial participaram de palestras e troca de vivências no auditório da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). O encontro abordou temas como a experiência do serviço em Porto Alegre e a política de assistência social.
A primeira-dama Valéria Leopoldino afirmou ser parceira nessa rede de solidariedade, carinho e afeto. “Não tem como não pensar em algo tão afetivo, não apenas para as crianças, mas principalmente aos adolescentes”. O presidente da Fasc, André Coronel, fez um diagnóstico dos serviços e parcerias que somam transformações de vida na Capital. Chamou a atenção para o acolhimento familiar sob a perspectiva de ampliar o conhecimento das equipes e principalmente da sociedade frente a este importante serviço, com todos os seus desafios e possibilidades. “Um acolhimento mais humanizado, excepcional e consolidado. Agora com plano de continuidade do serviço, vamos ampliar, dando visibilidade para que mais famílias participem”.
Em três anos, o serviço acolheu mais de 27 crianças e adolescentes. Atualmente são oito crianças em família acolhedora e oito famílias de origem sendo acompanhadas pelas equipes técnicas dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e rede socioassistencial. O serviço de acolhimento é uma medida de proteção, prevista no estatuto da criança e do adolescente, destinado às crianças e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de seu núcleo familiar. A medida prevê até 18 meses de acolhimento. Atualmente, das 20 vagas nesta modalidade, seis crianças estão acolhidas.
O diretor do abrigo João Paulo II, Claudio Bianchet, lembrou os 41 anos de história e missão do local que conta com 12 casas lares, três residenciais inclusivos e o acolhimento familiar. “O lema do serviço é compartilhar amor. É fundamental para o desenvolvimento destas crianças com tantos direitos violados”.
A promotora de justiça Cinara Braga destacou a qualificação da rede socioassistencial. “Porto Alegre é amiga das crianças. Temos legislação, orçamento, coordenação e organização”.
Também participaram do encontro o juiz de Direito do 1º Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, Daniel Englert Barbosa; e o representante da OAB-RS, Francisco Thomaz Telles, vice-presidente da comissão dos direitos da pessoa com deficiência e membro da Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto.
As famílias interessadas em participar devem acessar o site do Abrigo João Paulo II ou agendar uma entrevista social pelo número (51) 3336-3754.
Gilmar Martins