Bugio encontrado em residência na Zona Sul é recolhido
Moradores de uma residência no bairro Tristeza de Porto Alegre, levaram um susto ao chegar em casa, ao final da tarde dessa quinta-feira, 16, ao se depararem com um bugio, acomodado na escadaria interna da casa. O receio passou quando perceberam que apesar do olhar assustado, era dócil, tanto que até colo, carinho e apelido, Charles, ganhou dos filhos do casal. Na manhã desta sexta-feira, 17, eles entraram em contato com Equipe de Controle Agrossilvopastoril e Vida Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) que recolheu o animal, identificado como da espécie Aloautta guariba clamiatans, ou Bugio Ruivo – comum nesta região – e o conduziu a uma clínica veterinária para exames.
Os filhos do casal se comoveram na despedida do bugio, mas a coordenadora da Equipe, bióloga Soraya Ribeiro, alerta que os pais tomaram a medida correta. Provavelmente, o animal deve ter fugido de seu cativeiro e buscou, não o ambiente silvestre que seria o natural, mas uma residência. “Por isso, imediatamente o conduzimos a uma clínica conveniada para avaliação e posterior destinação”, explica.
Cuidados - A guarda de animais silvestres como mascote é proibida, com enquadramento por crime ambiental segundo a Lei 9605/1998. Criados em cativeiro, domesticados, perdem a condição de voltar a vida livre e o instinto de defesa, como provavelmente acontece com Charles. Também não conseguem buscar seu alimento na mata. “Muitas vezes, acabando por se refugiar em outras residências o que nem sempre assegura um final feliz como desta vez. Isto pode causar sérios riscos ao animal e acidentes envolvendo pessoas", conclui a bióloga.
Denise Righi