Smams amplia isolamento para os quero-queros na Orla Moacyr Scliar
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) colocou uma placa de indicação e ampliou o isolamento no local da Orla Moacyr Scliar onde aves quero-quero fizeram seus ninhos. “Retirá-las de lá seria quase uma sentença de morte devido a sua fragilidade. Em cativeiro, os filhotes não teriam como aprender com seus pais a se alimentar e a voarâ€, alerta a bióloga Soraya Ribeiro, coordenadora da equipe de Faunas. (fotos)
O espaço será vigiado durante as patrulhas da Guarda Municipal, e pessoas flagradas tentando incomodar os animais poderão ser enquadradas na lei 9.605 de crimes ambientais.Â
Na manhã desta quarta-feira, 22, a equipe de Faunas confirmou que ainda existem dois ovos de quero-quero que ainda não eclodiram. Em função disso, foi ampliada a área de isolamento, facilitando a movimentação das aves. Soraya Ribeiro apela para que as pessoas não se aproximem, especialmente aquelas que circulam com cães.Â
O correto nestes casos, que se repetem a cada primavera, é respeitar o espaço da ave, não a perturbando, pois também é de sua natureza defender os filhotes.
Assim, ampliou-se o cercamento do local até o momento em que adquirirem independência. “Com isso reduzimos a presença de pessoas no entornoâ€, acredita.Â
O quero-quero, cuja denominação cientÃfica é Vanellus chilensis, tem porte médio, com 32cm a 38cm de comprimento, e pesa aproximadamente 300g. Quando adulta, a ave possui esporões no ângulo das asas, que são usados como arma de ataque e defesa. Apesar de ser um bom voador, passa a maior parte do tempo em terra. Nas regiões urbanizadas, preferem locais como jardins e gramados. O quero-quero é uma ave territorial muito vigilante, sendo chamado de “sentinela dos camposâ€.
Gilmar Martins