Unidades de Triagem devem receber resíduos retirados do Dilúvio

04/09/2018 15:36

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) participou na manhã desta terça-feira, 4, das comemorações do primeiro aniversário do Instituto Safeweb, a empresa que faz a manutenção da Ecobarreira no arroio Dilúvio. Implantada em março de 2016, a Ecobarreira já retirou 440 toneladas de material flutuante do arroio Dilúvio, resíduos estes que deixaram de chegar ao Lago Guaíba. 

O Instituto Safeweb está fazendo a caracterização dos resíduos coletados na Ecobarreira do arroio Dilúvio. De um total de três amostras, duas já tiveram indicadores positivos para o seu reaproveitamento sem prejuízo à saúde humana. Após a finalização do estudo, a Safeweb vai encaminhar ao DMLU o material seletivo retirado pela Ecobarreira com destino às Unidades de Triagem (UTs), beneficiando assim as famílias que têm na reciclagem a base de seu sustento. Atualmente todo resíduo retirado do arroio Dilúvio pela Ecobarreira vai para o aterro sanitário de Minas do Leão. “Esta iniciativa da Safeweb auxiliará muito os 600 trabalhadores que atuam nas 17 Unidades de Triagem da Capital e que têm na coleta seletiva sua fonte de renda”, destaca Renê Machado de Souza, diretor geral do DMLU. 

Luiz Carlos Zancanella Júnior, presidente do Instituto Safeweb, explicou que o principal objetivo da instituição é atrair parceiros para ações com vistas a beneficiar o meio ambiente e a educação ambiental. “Estamos fazendo a análise dos resíduos retirados do arroio Dilúvio pela Ecobarreira e queremos que este material chegue até os triadores, que vivem da coleta seletiva”, destaca Zancanella Júnior.

Ecobarreira- A estrutura é uma barreira ecológica que atravessa o arroio Dilúvio de um lado a outro, impedindo a chegada dos resíduos flutuantes ao Guaíba. Uma gaiola (armadilha) é içada trazendo os resíduos para a superfície. O objetivo da obra é impedir a chegada dos sólidos flutuantes do Dilúvio ao Lago Guaíba, retirá-los do local e assim reduzir a quantidade. Por ação da corrente e dos ventos do Guaíba, esse material deposita-se nas suas margens. Além de comprometerem o paisagismo, os resíduos retém águas das chuvas, permitindo a proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Conservado e coordenado pelo Instituto Safeweb, o projeto tem o apoio da Smams, da SMSUrb, por meio da Divisão de Manutenção de Águas Pluviais (DMAP) e do DMLU, e do professor Gino Gehling, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

O DMLU integra as secretarias municipais de Serviços Urbanos (SMSUrb) e do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams). 

 

Gilmar Martins