Central de transporte e ações da prefeitura na enchente foi tema de palestra na serra
Nesta sexta-feira, 1º, o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, participou do evento WPP Stream Brasil 2024, em Bento Gonçalves. O gestor falou das ações da mobilidade urbana de Porto Alegre durante a enchente que afetou a cidade em maio de 2024.
Durante cerca de 40 minutos, Castro Júnior se emocionou em muitos momentos ao relatar o trabalho realizado durante a enchente em diferentes frentes da prefeitura. Na mobilidade, ele citou desde a atividade dos agentes de trânsito na ponta, orientando o trânsito próximo aos locais afetados, como o trabalho desenvolvido pela Central de Transporte Enchente.
"A Central teve um papel fundamental ao longo de toda a crise climática, num primeiro momento no resgate de pessoas das áreas alagadas e posteriormente facilitando a chegada de alimentos aos abrigos, o deslocamento de pessoas para atendimento médico, locais de acolhimento ou para outras cidades", disse. A Central operou por 63 dias e fez o transporte de cerca de 20 mil pessoas das áreas alagadas para os 190 abrigos cadastrados pela prefeitura.
“No auge da crise nosso trabalho foi bastante intenso, missão dada era missão cumprida para a nossa equipe. Assim como todos os serviços da prefeitura, na Central trabalhávamos 24 horas e sempre preocupados em atender o mais rápido possível as pessoas. E para prestar esse serviço com agilidade, contamos com uma gama de parceiros que foram fundamentais no processo”, destaca o secretário.
Entre as atividades, Castro Júnior destacou a construção de três corredores humanitários que permitiram a entrada de suprimentos e ampliaram a capacidade de deslocamentos mesmo no momento em que havia restrições por causa dos alagamentos. Nesse contexto, ele destacou ainda o trabalho das escoltas para garantir que água, suprimentos hospitalares e doações que vinham de todo o brasil chegassem com segurança e agilidade à Capital.
Durante a palestra, o secretário também citou todo o processo de restabelecimento da cidade, com a criação do Escritório de Reconstrução e as medidas desenvolvidas. A estrutura operacional, criada em julho, trabalha para viabilizar a liberação de recursos para famílias que perderam suas casas e no desenvolvimento de estudos de transformação urbana para áreas atingidas pela enchente.
Estima-se que a maior tragédia climática da história de Porto Alegre tenha causado um prejuízo de R$ 12,3 bilhões. Desse montante, R$ 1,2 bilhão é o valor necessário para o pronto restabelecimento da Capital. Incluem os custos prioritários relacionados à resposta imediata à emergência logo após a tragédia e gastos com recuperação de espaços públicos (escolas, postos de saúde), sistema de proteção, adaptação e mitigação climática.
Andrea Brasil