Equipe de fauna orienta população sobre caturritas
A caturrita (Myiopsitta monachus), chamada também de periquito ou cocota, é muito comum em Porto Alegre e, devido a sua característica de emitir sons altos e ruídos de vibração, como um papagaio, é objeto de captura por pessoas que gostam de aves que “falam”.
No entanto, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) destaca que a ave não deve ser capturada e mantida em cativeiro. “As caturritas são animais silvestres, estando protegidos pela Lei Federal 9.695 de 1998, Lei de Crimes Ambientais. Danificar ninhos ou maltratar as aves também configura crime ambiental, sujeito à cobrança de multa”, informa a bióloga Soraya Ribeiro, coordenadora da Equipe de Fauna Silvestre e doutora em Diversidade e Manejo de Vida Silvestre.
A caturrita adulta tem entre 28 e 33 cm e barriga, peito, garganta e testa com penas acinzentadas. O bico é pequeno e alaranjado. A alimentação é composta por frutos, verduras, legumes, sementes de arbustos e capins, flores e brotos. A intensa arborização de Porto Alegre fornece alimentação abundante à espécie. Nesta época, é possível avistar a ave se alimentando de frutos de espécies como o ligustro.
“Em Porto Alegre, observa-se que o período reprodutivo ocorre entre a primavera e o verão. A ave constrói seu ninho tanto para reprodução, como para moradia”, explica Soraya, acrescentando que a espécie demonstra preferência para construção de ninhos em árvores altas e antenas de telefonia. “Em um estudo feito pela equipe, verificamos que 30% das torres de telefonia apresentavam ninhos”, explica.
Lissandra Mendonça