Alex Rocha/PMPA

O Teatro da Unisinos em Porto Alegre ficou lotado para o primeiro seminário do Plano Diretor, realizado nesta sexta-feira, 11. O evento reuniu urbanistas, arquitetos e engenheiros para resgatar o histórico da elaboração dos planos de 1979 e 1999 e alinhar uma perspectiva do futuro do urbanismo e as ações previstas para o novo plano diretor da Capital em 2022 e 2023.

Na solenidade de abertura, o prefeito Sebastião Melo defendeu que a cidade pós-pandemia é mais conectada e exige melhor infraestrutura e mais sustentabilidade. Ele pediu que os urbanistas não cometam o mesmo erro das últimas décadas.

“A cidade expandiu muito nos últimos 30, 40 anos e levou muita gente para morar longe, onde não tem ônibus e escola de qualidade para todos. Sou favorável que a cidade tenha mais adensamento onde haja equipamento público de qualidade, assim como estamos fazendo no Centro Histórico e no 4º Distrito” - Prefeito Sebastião Melo.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Idenir Cecchim, disse que a discussão do Plano Diretor deve valorizar a qualidade de vida de todos os moradores da Capital. “O Plano Diretor, talvez, seja a lei mais importante que cada vereador discute, recebe sugestões, vai para o plenário e vota. Queremos que a cidade tenha uma lei que contemple as necessidades de todas as pessoas”, afirmou o presidente.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, participou de forma virtual, já que está no Egito, participando da COP27, a Conferência Mundial do Clima. “Tenho certeza que todo processo está sendo conduzido muito bem. Esse evento é de discussão, para refletirmos o que funcionou anteriormente e aproveitarmos essa experiência, e, mais importante, pensarmos o futuro de Porto Alegre pela perspectiva do Plano Diretor."

Debates - Pela manhã, as urbanistas Célia Ferraz de Souza, Maria Tereza Fortini Albano e Marilu Maraschin, que vivenciaram os planos de 1979 e 1999, contaram suas experiências no painel De onde viemos: A cidade planejada. Elas resgataram um histórico do início do urbanismo e defenderam que os planos diretores sempre buscaram traduzir a cidade ideal para todos os moradores.

À tarde, o espaço foi dedicado às ações da revisão atual do Plano Diretor, que deve ter o projeto de lei apresentado à Câmara de Vereadores no segundo semestre de 2023. A gerente de projetos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Thaís Pires, detalhou como funciona o acordo de cooperação entre a entidade e prefeitura para fornecer elementos e consultorias para revisão do plano.

Por fim, o líder de Infraestrutura e Mercados Regulados na América Latina Sul, Diego Mac Cord, e a gerente de projetos Gabriela Perez, da Ernst &Young, falaram como a consultoria recém-contratada vai subsidiar as ações coordenadas pela equipe da Diretoria de Planejamento Urbano da Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade.