Prédio que abrigava antiga Smic começa a ser demolido

11/05/2022 17:05

O prédio que abrigava a antiga Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic) está sendo demolido. A empresa Base Demolições & Serviços, contratada pela Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), tem prazo de cinco meses para a conclusão dos trabalhos, que incluem, ainda, a separação, remoção e transporte dos entulhos gerados. O valor final dos serviços será de R$ 351,95 mil. Os trabalhos de demolição iniciaram no dia 5 de maio.

Segundo o secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa, a decisão pela demolição ocorreu após a emissão de um laudo, pela Secretaria de Obras e Infraestrutura (Smoi), que atestava não haver condições de habitabilidade no prédio. “Buscamos solucionar diversas questões como a insegurança pública do local, por anos utilizado como ponto de drogadição e de furtos. Foram encontrados, ainda, focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue e degradação estrutural na edificação, com risco de desabamento. Além disso, o local poderia sofrer novas invasões”, informou.

A retirada do prédio, segundo a Caixa Econômica Federal, valoriza o imóvel em R$ 600 mil. O terreno está avaliado em quase R$ 7 milhões sem a edificação.

Prédio da Smic - Inaugurado em 1972, o imóvel tem 3.813 m², com 1.358,62 m² de área construída. Em janeiro de 2021, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entregou, formalmente, à Prefeitura de Porto Alegre, um pedido de cessão de uso do imóvel para implementação de um parque tecnológico. Após um ano de tratativas, a UFRGS desistiu da parceria. Em março deste ano, o local foi invadido por um grupo indígena que reivindicava a criação de uma Casa do Estudante indígena, pela UFRGS.

Atualmente, o local integra lista de 98 bens municipais que aguarda autorização legislativa para venda. “Nas condições em que se encontra, o prédio oferece riscos à população e não se adequa a qualquer tipo de ocupação. Após a demolição, daremos ao terreno a destinação que traga maiores benefícios à sociedade, seja ela alienação, troca ou cessão de uso”, completa o secretário.

 

Andrea Pinto

Lissandra Mendonça