Nesta semana, ocorreu a reunião que deu início às tratativas do projeto da prefeitura para estimular o etnoturismo nas comunidades indígenas e quilombolas de Porto Alegre. Integrantes das secretarias de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Desenvolvimento Social (SMDS), Governança (SMGOV) e Orçamento Participativo foram recebidos por lideranças na Aldeia Guarani Tekoa Anhetenguá, localizada na Lomba do Pinheiro.

A ação é uma demanda do Orçamento Participativo e tem o objetivo de preparar o porto-alegrense e o turista para a imersão cultural nos territórios e aldeias, bem como ajudar na estruturação dos locais para melhorar a receptividade, com respeito às diferentes culturas. A prefeitura irá propor aos indígenas, ainda, a realização de capacitações sobre Boas Práticas de Fabricação de Alimentos e sobre a produção associada ao turismo, como o artesanato por exemplo. 

Para o coordenador da Unidade dos Povos Indígenas, Imigrantes, Refugiados e Direitos Difusos da SMDS, Guilherme Fuhr, o projeto, além de desenvolver o turismo intercultural, quer dar visibilidade e protagonismo às comunidades indígenas na cidade. Além disso, a qualificação do etnoturismo de Porto Alegre possibilitará a geração de empregos e de renda para as comunidades.

“Temos uma área muito rica em Porto Alegre, bastante preservada e com um potencial cultural imensurável, que merece ser apresentado para todos. Os guaranis entendem que o turismo na aldeia contribuirá para a educação ambiental e a preservação do Morro São Pedra, considerado um lugar sagrado por eles”, destacou a turismóloga da SMDET, Meriene de Moraes. 

O projeto tem apoio do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que está elaborando etnomapeamento e etnozoneamento, e da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Anhetenguá, do bairro Lomba do Pinheiro.