Como forma de integração entre a cultura indígena do Rio Grande do Sul e a população urbana da Capital, uma Feira de Páscoa reúne em Porto Alegre cerca de 150 índios representantes de várias etnias, oriundos de aldeias de diversas regiões. A feira ocorre até o dia 17 de abril em vários pontos da região central da cidade. Neste final de semana os produtos serão comercializados na Orla Moacyr Scliar.

O principal objetivo é fomentar e valorizar a cultura dos povos indígenas através da visibilidade de suas comunidades e artesanatos, além de propiciar a diversidade cultural. Tradicionalmente realizada pelo povo caingangue, a Feira de 2022 propõe a diversidade de etnias,  com a inclusão de indígenas Warao que migraram para Porto Alegre em razão dos conflitos na Venezuela.

A iniciativa é uma parceria entre o município, por meio das secretarias de Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Econômico e a Secretaria Estadual de Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social. Os indígenas ficam hospedados em um acampamento montado no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.

Migração de época - A vinda dos indígenas para a Capital na época da Páscoa não é novidade, é uma migração que ocorre há décadas. No passado, eles chegavam com a perspectiva de trocas – traziam seus produtos para levar outros da região de volta para suas aldeias. Quando passaram a usar o sistema de moeda optaram pela comercialização. Seguiram migrando para vender os produtos, mas com o objetivo de criar reservas de dinheiro que os ajudam a passar alguns meses do ano.