Reunião define acolhida a venezuelanos que chegam a Porto Alegre

24/09/2018 16:09
Luis Adriano Madruga / Divulgação PMPA
O grupo de trabalho organizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) reuniu-se na manhã desta segunda-feira, 24, para definir a acolhida  ao grupo de 70 venezuelanos que desembarcam nesta terça-feira, 25, em Porto Alegre.
Dos 140 refugiados que desembarcam no Aeroporto Salgado Filho, 70 ficam na capital gaúcha

O grupo de trabalho organizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) reuniu-se na manhã desta segunda-feira, 24, para definir a acolhida  ao grupo de 70 venezuelanos que desembarcam nesta terça-feira, 25, em Porto Alegre. Resultado de convênio direto do Governo Federal com a instituição filantrópica Aldeias Infantis SOS, com suporte financeiro do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e apoio social da prefeitura, os venezuelanos serão acolhidos em casas da Aldeias na sede do bairro Sarandi. Serão 140 refugiados que desembarcam no aeroporto Salgado Filho: 70 ficam em Porto Alegre, 40 vão para Cachoeirinha,  21 seguem para Canoas e nove para Esteio. Na quinta-feira, 27, chegam mais 200 venezuelanos ao Rio Grande do Sul, dos quais 52 irão para a cidade de Chapada, no noroeste do estado, 40 para Cachoeirinha e 108 para Canoas.

“Nossa primeira medida será o cadastro nos sistemas públicos e o diagnóstico das necessidades. Faremos isto por meio da rede de assistência em conjunto com a saúde e a educação. Montamos uma comissão de recepção para o acolhimento do grupo que abandonou tudo em busca de segurança, paz e uma vida mais dignaâ€, ressalta a secretária Denise Russo. O grupo ficará vinculado à Unidade de Saúde Santo Agostinho. Essa unidade possui uma médica venezuelana que dará suporte especial aos atendimentos. Na quarta-feira, 26, uma equipe da saúde e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) estará na sede da Aldeias para fazer o cadastro das famílias. A região possui também quatro escolas públicas.

Eneias Palmeira Machado, gestor da Aldeias Infantis SOS em Porto Alegre, participou da reunião e disse que o desafio imediato é desconstruir o preconceito que há entre a população. “Com o apoio da ACNUR e da prefeitura estamos preparados para acolher estes refugiados. Mas há um grande preconceito, em várias faixas da sociedade, que precisamos combater e mostrar o quanto as pessoas precisam do nosso apoio e do nosso auxílio neste momentoâ€. A Aldeias Infantis SOS é conveniada com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e abriga crianças em medidas protetivas. Por este motivo, serão organizadas regras de convivência entre as famílias de venezuelanos e as crianças abrigadas e suas mães sociais.

Até o momento 502 refugiados da Venezuela chegaram ao  Rio Grande do Sul: 288 estão em Canoas e 214 em Esteio.

Participaram da primeira reunião do grupo de acolhida a diretora técnica da Fasc, Vera Ponzio e sua equipe; o representante da Secretaria da Saúde, Tiago Frank; o representante da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Vinicius Escobar; e os diretores da SMDSE - dos Direitos Humanos, Jacqueline Kalakun, e do Trabalho, Leandro Balardin -, além do coordenador dos Povos Indígenas e Direitos Específicos, Guilherme Führ.

 

Gilmar Martins