Feira na Smed expõe trabalhos de alunos das escolas especiais

09/07/2019 16:46
Adriano Amaral/SMED PMPA
EDUCAÇÃO
Programa visa a preparar estudantes com deficiência para o mundo do trabalho

Professoras do Programa de Trabalho Educativo (PTE) das Escolas Municipais Especiais de Ensino Fundamental (Emeefs) Lygia Morrone Averbuck, Professor Luiz Francisco Lucena Borges e Escola Bilíngue de Surdos Salomão Watnick realizaram, na tarde desta terça-feira, 9, a primeira feira expositiva de artesanato e alimentos do programa que visa preparar alunos com deficiência para o mundo do trabalho. A feira ocorreu no auditório do 6º andar da Secretaria Municipal de Educação (Smed), onde também houve uma formação para educadores da Sala de Integração e Recursos (SIR).

A coordenadora de Educação Especial da Smed, Cláudia Amaral Lamprecht, salienta que a exposição tem como objetivo apresentar o trabalho realizado por alunos com deficiência dentro do Programa Trabalho Educativo, que é desenvolvido tanto nas escolas de ensino fundamental regular, com alunos das salas de recursos, quanto com alunos das escolas especiais. “É a nossa primeira feira e nós queremos expandir essa ideia para outras atividades formativas da Smed, levando a proposta do PTE para divulgar o trabalho que os alunos e as professoras fazem”, explica Cláudia.

O trabalho em equipe realizado pelos estudantes permite a entrega de peças artesanais em madeira, como caminhas para cachorros, quadros e placas com frases motivacionais criadas pelos alunos, vasos de cerâmica decorados, enfeites em tecido, utensílios de cozinha e decoração, como panos de prato decorados com crochê e culinária. Todo esse trabalho em equipe gera renda e aumenta a criatividade dos estudantes.

Na Escola Lygia Averbuck, os alunos aprendem o passo a passo para produzir chocolate em casa. A professora do PTE da Emeef Lygia Averbuck Angela Vigulo explica que, com o dinheiro da venda dos chocolates, são organizadas viagens de trabalho para os alunos. “Nós estamos tentando instrumentalizá-los para que, quem não vai ao mercado de trabalho, possa ter uma função a ser realizada em casa e uma renda”, afirma a professora.

A professora Fabíola Borowsky, do PTE da Escola Lucena Borges, explica que a comunidade escolar já conhece o trabalho coletivo dos estudantes, que já foi exposto no Brique da Redenção e em festas da instituição. Conforme a professora Fabíola, o trabalho de artesanato em madeira reaproveitada é coletivo, e os estudantes que dele participam estavam representados na feira pelo aluno Paulo Franken de Mello, responsável pela marcenaria das peças expostas. 

“No Programa de Trabalho Educativo a gente desenvolve atividades relacionadas ao mundo do trabalho, mas não só como mercado formal, como é visto hoje, mas também como uma atividade terapêutica e ocupacional que eles possam levar para a vida futura, fora da escola, a assim possuírem uma fonte de renda e estender isso para a família”, declara Fabíola.

Na Escola Bilíngue de Surdos Salomão Watnick, os estudantes aprendem artesanato e culinária como forma de geração de renda, o que já é reconhecido pela comunidade escolar, conforme explica a professora Sabrina Gauss.  “Normalmente nós expomos nos momentos festivos da escola e hoje é a primeira vez aqui na Smed. Nesse ano nós ensinamos como produzir a palha italiana”, conta, referindo-se ao doce de brigadeiro com maizena que é fácil de fazer e tem boa comercialização.

PTE - É um serviço da Smed criado em 1996 para preparar alunos com deficiência (física, sensorial e intelectual), transtornos globais do desenvolvimento e transtorno do espectro autista, em fase de conclusão do Ensino Fundamental, para o mundo do trabalho, oferecendo novas possibilidades de aprendizagem para além do espaço escola. Visa a incentivar a prática da cidadania, a inserção na cultura e a participação na sociedade. 

O programa conta com o apoio do Sistema S, da Superintendência Regional do Trabalho, do Comitê Pró-Inclusão e do Grupo de Apoio Local na oferta de cursos de capacitação e encaminhamento ao mercado de trabalho. O PTE está presente nas quatro escolas especiais do município (Lucena Borges, Lygia Averbuck, Elyseu Paglioli e Tristão Sucupira Vianna), no CMET Paulo Freire, na Escola Bilíngue de Surdos Salomão Watnick e para alunos de escolas regulares atendidos nas Salas de Integração e Recursos (SIR-PTE).

 

Vitória Garcia (estagiária) / Supervisão: Cristina Lac

Gilmar Martins