Começa elaboração do laudo que definirá o futuro do Esqueletão

26/10/2021 10:47
Cesar Lopes / PMPA
Planejamento e Assuntos Estratégicos
Profissionais de laboratório da UFRGS serão os responsáveis pela análise que deve estar pronta em 13 meses

Os serviços para elaboração do laudo que irá avaliar as condições do Edifício Galeria XV de Novembro, conhecido como Esqueletão, localizado no Centro Histórico, começaram nesta terça-feira, 26. As inspeções que definirão o futuro da construção serão feitas por técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) por meio de um contrato firmado entre a prefeitura e a instituição. 

“Buscamos a universidade pela sua capacidade técnica e de entrega dentro do prazo que necessitamos. O futuro do Centro Histórico passa por uma decisão sobre o futuro do Esqueletão”, destaca o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer. A elaboração do laudo ficará a cargo do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) e tem prazo de conclusão de 13 meses, com 22 semanas de atividades técnicas.

Serão realizados levantamentos, ensaios de campo e vistorias que incluem o uso de equipamentos como drones. “Iniciaremos um trabalho minucioso, onde a prefeitura irá investir quase R$ 255 mil. Vamos definir a real situação em que se encontra a construção e, através dos apontamentos técnicos, resolver de uma vez por todas esta questão que ficou marcada como um símbolo do abandono do Centro da nossa cidade”, diz o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Pablo Mendes Ribeiro.

Desocupação - O início dos trabalhos da UFRGS no local só foi possível depois da desocupação definitiva do prédio. "Após um processo judicial longo, conseguimos, em colaboração com a gestão municipal, Ministério Público e Poder Judiciário, desocupar integralmente o prédio e proteger as pessoas que ali moravam, trabalhavam ou mesmo que transitavam por um local de risco, cuja extensão agora será avaliada pela UFRGS", afirma a procuradora-geral adjunta de Domínio Público, Urbanismo e Meio Ambiente, Eleonora Serralta.

Além da desocupação, foi necessário fazer a limpeza da construção, executada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) por meio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) que retirou 123 toneladas de material e entulho do local. Cerca de 20 garis trabalharam na remoção e coleta dos resíduos que estavam acumulados no imóvel. 

 

Orlando Moraes

Lissandra Mendonça