Começa elaboração do laudo que definirá o futuro do Esqueletão
Os serviços para elaboração do laudo que irá avaliar as condições do Edifício Galeria XV de Novembro, conhecido como Esqueletão, localizado no Centro Histórico, começaram nesta terça-feira, 26. As inspeções que definirão o futuro da construção serão feitas por técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) por meio de um contrato firmado entre a prefeitura e a instituição.
“Buscamos a universidade pela sua capacidade técnica e de entrega dentro do prazo que necessitamos. O futuro do Centro Histórico passa por uma decisão sobre o futuro do Esqueletão”, destaca o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer. A elaboração do laudo ficará a cargo do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) e tem prazo de conclusão de 13 meses, com 22 semanas de atividades técnicas.
Serão realizados levantamentos, ensaios de campo e vistorias que incluem o uso de equipamentos como drones. “Iniciaremos um trabalho minucioso, onde a prefeitura irá investir quase R$ 255 mil. Vamos definir a real situação em que se encontra a construção e, através dos apontamentos técnicos, resolver de uma vez por todas esta questão que ficou marcada como um símbolo do abandono do Centro da nossa cidade”, diz o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Pablo Mendes Ribeiro.
Desocupação - O início dos trabalhos da UFRGS no local só foi possível depois da desocupação definitiva do prédio. "Após um processo judicial longo, conseguimos, em colaboração com a gestão municipal, Ministério Público e Poder Judiciário, desocupar integralmente o prédio e proteger as pessoas que ali moravam, trabalhavam ou mesmo que transitavam por um local de risco, cuja extensão agora será avaliada pela UFRGS", afirma a procuradora-geral adjunta de Domínio Público, Urbanismo e Meio Ambiente, Eleonora Serralta.
Além da desocupação, foi necessário fazer a limpeza da construção, executada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) por meio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) que retirou 123 toneladas de material e entulho do local. Cerca de 20 garis trabalharam na remoção e coleta dos resíduos que estavam acumulados no imóvel.
Lissandra Mendonça