Revitalização do Centro Histórico é tema de encontro na Associação Comercial
Atendendo a convite da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), uma comitiva de secretários municipais participou, nesta terça-feira, 23, do Menu POA. A reunião-almoço foi promovida pela entidade para tirar as dúvidas a respeito das obras de revitalização do Centro Histórico em execução e dos próximos passos da recuperação de um dos mais importantes espaços urbanos do Estado.
O Centro Histórico mudou muito ao longo dos quase vinte meses da atual gestão municipal. O programa Centro+, que centraliza os esforços de revitalização da região, já possui entregas e diversos projetos em andamento, obras que alteram a rotina de moradores, comerciantes e pessoas que acessam o bairro em busca de serviços, comércio e equipamentos culturais.
O debate foi mediado pelo vice-presidente da ACPA, Paulo Afonso Pereira. Coube aos secretários Urbano Schmitt (Planejamento e Assuntos Estratégicos), André Flores (Obras e Infraestrutura) e Vicente Perrone (Desenvolvimento Econômico e Turismo) a apresentação do balanço e a projeção do futuro do Centro+. A abertura dos trabalhos ficou a cargo da presidente da entidade, Suzana Vellinho, que frisou o caráter positivo que existe em observar o poder público mobilizado para promover um novo momento para o Centro Histórico.
“As obras estão causando impactos e interferindo na rotina de todos. Mas é necessário olhar o bem maior. Precisamos enxergar alguns passos adiante e pensar nos benefícios que trarão em muitos aspectos. Entendemos que é muito difícil para a gestão pública ter a coragem de interferir, através de uma mobilização tão arrojada e desgastante, como está ocorrendo”, afirmou.
Schmitt detalhou as fases do Centro+, lembrando que o programa teve início com entregas que foram fruto da mobilização da sociedade civil (restauração da Fonte Talavera de la Reina e do Muro da Mauá), passa atualmente pela concretização de obras há muito esperadas – como a recuperação do Mercado Público, as intervenções no Quadrilátero Central e a revitalização do Viaduto Otávio Rocha – e será complementado por novos projetos, a partir de 2023.
“Para a terceira fase, teremos o aporte dos recursos oriundos do financiamento autorizado junto ao Banco Mundial e à Agência Francesa de Desenvolvimento. Com esses recursos, que giram na casa de R$ 1 bilhão, tiraremos do papel obras que farão com que o perímetro composto pelo 4º Distrito, Centro Histórico e Orla do Guaíba se torne uma zona valorizada, despertando a atenção para novos empreendimentos e explorando todo o seu potencial turístico e cultural”, garantiu o secretário.
Relação com o comércio - Vicente Perrone destacou a ação junto aos comerciantes e prestadores de serviço, no sentido de garantir o atendimento às principais demandas apresentadas e minimizar os impactos decorrentes das obras no Centro Histórico. "Nós temos uma postura de diálogo constante com comerciantes, empreendedores e ambulantes do Centro de Porto Alegre. Fizemos um estudo e planejamento estratégico para que, durante as obras, nenhum comércio regular ou irregular fique desassistido", assegurou.
O diálogo com os setores produtivos também foi destacado por André Flores. Em sua apresentação, o titular da Secretaria de Obras e Infraestrutura, abordou o andamento das obras no Quadrilátero Central, que avança nas ruas Voluntários da Pátria e Otávio Rocha, e antecipou o planejamento elaborado para o projeto do Viaduto Otávio Rocha. De acordo com o secretário, o Menu POA possuiu relevância estratégica, pois representa um importante feedback. “É fundamental podermos falar sobre o nosso trabalho, mas também é fundamental escutar os setores produtivos. Esses encontros servem, principalmente, para que a gente escute e possa aprimorar a prestação de serviços públicos”, ressaltou.
Gilmar Martins