Cristine Rochol/PMPA

Aferição da pressão arterial e de temperatura, medição de glicemia capilar, uso correto de medicamentos e acompanhamento do cartão de vacinas fazem parte de nova formação técnica voltada a agentes comunitários de saúde. A partir do programa Saúde com Agente, tais atividades passam a fazer parte da rotina desses profissionais. A iniciativa conta com investimento do Ministério da Saúde e é desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O curso ocorre em nível nacional.

Savana Camargo Malta é agente comunitária de saúde há 11 anos e atua junto à comunidade da Unidade de Saúde Timbaúva, no bairro Mario Quintana, Zona Norte da Capital. Hoje, ela está entre os 241 alunos da primeira turma do programa Saúde com Agente em Porto Alegre. “O curso foi proveitoso, o material é de fácil entendimento e está bem elaborado, vai auxiliar bastante o nosso trabalho”, acredita.

Para a coordenadora-geral executiva do Saúde com Agente na UFRGS, Luciana Teixeira, a função de tais profissionais é muito importante no Sistema Único de Saúde (SUS). “Poder contribuir para que tenham cada vez mais qualificação no exercício das atividades é fundamental, pois veremos o desdobramento disso no atendimento da população e na qualidade dos serviços ofertados”, avalia.

“O agente de saúde está se tornando técnico para seguir atuando junto às famílias, especialmente as que estão em situação de vulnerabilidade”, diz Mario Jeferson Pinheiro, da Unidade de Saúde Maria da Conceição, no Partenon. “Como estamos sempre dentro das comunidades, sabemos das necessidades do dia a dia dessa população.”  

Iniciado em 2022, o programa Saúde com Agente está dividido em duas etapas: tutoria, com aulas teóricas feitas em formato virtual, e preceptoria, que são os módulos práticos. A programação inclui também a participação de agentes de combate às endemias, com funções voltadas à área de Vigilância em Saúde. As turmas têm prazo de finalização em 31 de agosto. A ideia é melhorar os indicadores de saúde, a qualidade e a resolutividade dos serviços da Atenção Primária, por meio da qualificação dos profissionais em todo o território nacional.