Boletim atualiza dados sobre vigilância de vírus respiratórios na Capital
A vigilância epidemiológica de Porto Alegre recebeu neste ano 1.296 notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre moradores da Capital. Do total, 65,3% são de crianças de até 12 anos (847 casos). Os dados estão publicados no Boletim de Vigilância de Vírus Respiratórios 5.
Os dados são cumulativos até 5 de agosto (semana epidemiológica 31). A notificação é feita em casos de internação hospitalar. Do total, 1.005 evoluíram para cura e 106 para óbito. Ainda há casos em investigação.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é caracterizada por quadro de síndrome gripal (SG) que evolui para quadro grave com comprometimento da função pulmonar e necessidade de hospitalização. As causas virais mais importantes atualmente são os subtipos da Influenza, A e B, Vírus Sincicial Respiratório e SARS-COV-2 (o coronavírus), que circulam concomitantemente em nosso meio.
Se comparado o mesmo período de 2022 e 2023, este ano apresenta menor incidência em relação ao ano passado, o que pode ser atribuído ao ano epidêmico de 2022, no qual ainda predominavam as SRAG associadas à Covid-19. “Entretanto, considerando apenas as faixas etárias de 0 a 12 anos, o cenário é diferente, apontando elevado número de crianças acometidas em 2023”, enfatiza o documento.
Em relação aos óbitos, a taxa de letalidade geral atingiu 8,8% no período. A letalidade de SRAG por Covid-19 permanece a mais elevada (25,6%), seguida pelas SRAG por Influenza e SRAG não especificada, que atingiram taxas de letalidade de 11,4% e 7,1%, respectivamente.
Até o final da Operação Inverno, a Secretaria Municipal de Saúde publicará o Boletim de Vigilância de Vírus Respiratórios quinzenalmente.
Andrea Brasil