Boletim epidemiológico aborda reinternação hospitalar por doença respiratória

12/08/2025 11:36

Em 2024, foram registradas 4.692 internações por doenças respiratórias na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre. Este número corresponde a 4.010 pessoas. Do total de pessoas, 3.538 (88,2%) internaram uma vez ao longo do ano; e 472 pessoas (11,8%) precisaram ser internadas mais de uma vez. As chamadas reinternadoras somaram 1.154 reinternações hospitalares, correspondendo a 24,6% do total de internações na cidade no ano passado.

Mais da metade das internações hospitalares por doenças respiratórias crônicas foram em consequência de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Juntas, as duas doenças somaram 58,2% do total de internações (28,6% asma, 29,6% DPOC) e 64,4% das reinternações (21,9% referentes a casos de asma; 42,5%, por DPOC). O dado está publicado no Boletim Epidemiológico de Reinternadores por Doenças Respiratórias, divulgado nesta terça-feira, 12, pela Diretoria de Vigilância em Saúde.

A publicação traz análise das doenças respiratórias crônicas monitoradas pela Equipe de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Vigilância em Saúde. Essas doenças estão agrupadas nos códigos J30 a J98 da Classificação Internacional de Doenças 10 (CID-10). Para a análise, foram escolhidas as faixas etárias de 0 a 14 anos e acima de 60 anos. Esses grupos etários registraram o maior número de internação por asma e DPOC em 2024.

O boletim também indica como parâmetro da análise a vinculação das pessoas com a rede de Atenção Primária à Saúde: com vínculo, com vínculo frágil, sem vínculo ou registro de óbito no período analisado. 

Boletim - Entre as 472 pessoas reinternadoras, a faixa etária que prevaleceu foi a de 60 a 69 anos, com 128 pessoas ou 27,1%, seguida pelas faixas etárias de 0 a 9 anos (com 107 pessoas ou 22,7%) e 70 a 79 anos (com 85 pessoas ou 18%). Estes três grupos etários correspondem a 67,8% do total de reinternadores no período. Outros dados apresentados no boletim são raça/cor e distribuição territorial de residência de pessoas reinternadoras, por distrito sanitário da cidade.

Monitoramento - A vigilância e o monitoramento de doenças crônicas não transmissíveis - entre elas o diabetes mellitus - são realizados em parceria da Equipe de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (EVDANT) da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), com a área técnica de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) da Diretoria de Atenção Primária à Saúde da SMS (DAPS-SMS).

Patrícia Coelho

Bianca Dilly