Boletim epidemiológico atualiza situação da dengue em Porto Alegre
Em 2021, Porto Alegre tem confirmados 30 casos de dengue entre moradores da Capital, dos quais cinco importados (contraídos fora da cidade) e 25 autóctones (cuja infecção aconteceu na cidade). O dado foi apresentado no Boletim da Dengue da Semana Epidemiológica 17, produzido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT), que traz dados cumulativos até 1º de maio.
De acordo com a publicação, em todo o ano foram feitas 69 notificações de suspeitas da doença para a EVDT. Além das 30 confirmações, houve descarte de 22 suspeitas e 17 seguem em investigação epidemiológica ou laboratorial. Os 25 casos autóctones foram registrados, na maioria, em moradores dos bairros Humaitá, Santo Antônio e Lomba do Pinheiro. Também há registro no bairro Santa Teresa.
Em comparação com o mesmo período de 2020, houve diminuição no número de notificações, mas o número de casos autóctones em 2021 é maior, aumentando o risco de transmissão do vírus, caso a infestação do mosquito Aedes aegypti esteja alta no bairro onde há casos confirmados. A enfermeira Raquel Rosa, chefe da EVDT, lembra que em 2020 foram 127 notificações até a semana epidemiológica 17, com 39 casos confirmados, mas sete autóctones.
“É essencial que pessoas que sintam sintomas compatíveis com a dengue - febre, dor no corpo, dor de cabeça ou atrás dos olhos, manchas ou pintinhas vermelhas pelo corpo, náuseas – procure atendimento médico e refira viagem para local com confirmação da doença ou moradia em bairro onde há casos registrados”, frisa a enfermeira. Raquel destaca que a dengue e agravo são de notificação obrigatória e imediata. “Ao notificar, imediatamente, tem início a investigação epidemiológica da suspeita, e medidas de controle ambiental também são desencadeadas”, explica.
Neste ano, com temperaturas mais elevadas por mais tempo, a infestação vetorial está maior em Porto Alegre, exigindo mais atenção das pessoas em relação ao cuidado com os seus pátios, para eliminar focos de água parada. Nesta sexta-feira, 7, duas operações para pulverização de inseticida foram realizadas pela SMS em bairros da cidade para diminuir a densidade vetorial. “O inseticida diminui a população de mosquitos, mas não afeta as larvas ou os ovos, é preciso que cada responsável pelo imóvel verifique e elimine qualquer potencial criadouro de Aedes aegipti”, enfatiza o gerente da Unidade de Vigilância Ambiental da SMS, Alex Lamas.
Para acompanhar a situação vetorial em Porto Alegre, acesse o site, mantido pela Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS.
Andrea Brasil