Capital registra aumento de infestação do Aedes aegypti

13/01/2022 10:08
Cristine Rochol/PMPA
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Medidas de controle do vetor devem ser intensificadas

O monitoramento do Aedes aegypti (MI Aedes) realizado pela Prefeitura de Porto Alegre indica que o índice médio de infestação de fêmeas adultas (IMFA) do inseto vetor da dengue, zika e chikungunya, alcançou o nível mais elevado das últimas semanas. O resultado exige maior atenção para a eliminação de focos de água parada em residências, comércios e áreas públicas. Confira aqui os bairros com maior infestação vetorial na semana epidemiológica de 2 a 8 de janeiro de 2022.

O IMFA é obtido semanalmente a partir do monitoramento de 910 armadilhas para captura do mosquito adulto em bairros da cidade considerados vulneráveis para dengue, de acordo com diretriz do Ministério da Saúde e a partir do histórico dos casos de dengue, zika e chikungunya confirmados na cidade.

Como as temperaturas estão mais elevadas e com período de férias e de viagens, é importante incrementar as medidas de controle do vetor, dentre elas verificação e eliminação de água parada em pátios, calhas, ralos, além de descarte de resíduos inservíveis, entre outras – antes da viagem após o retorno à cidade. “Essencial ter olhos atentos para qualquer objeto que possa acumular água neste momento, pois uma limpeza correta resulta na retirada de ovos do mosquito nos recipientes”, destaca o diretor da Vigilância em Saúde, Fernando Ritter.

Viagens - Pessoas que viajarem nas férias para locais com confirmação de dengue, chikungunya ou zika devem adotar medidas de proteção individual, como uso de repelentes, incluindo as gestantes. No retorno a Porto Alegre, em caso de presença de sintomas de qualquer dessas doenças, a indicação é buscas atendimento médico o mais rápido possível, com referência à viagem para local com transmissão viral no momento do atendimento.

No final de dezembro, a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis e o Núcleo de vigilância de Roedores e Vetores da Secretaria Municipal de Saúde emitiram Alerta Epidemiológico a serviços de saúde enfatizando a importância de suspeita das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em atendimentos médicos.

Sintomas e quadro clínico compatível com as doenças:

Dengue: caso suspeito – febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos duas das seguintes manifestações: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos, prova do laço positiva ou baixa contagem de leucócitos (comprovado em exame de sangue, em análise laboratorial).

Chikungunya: caso suspeito – fase aguda – paciente com febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de dor nas articulações ou artrite intensas de início súbito e não explicadas por outras condições. Pode estar associado à dor de cabeça, dor muscular e erupções na pele. Considerar história de deslocamento nos últimos 15 dias para áreas com transmissão de Chikungunya.

Zika: pacientes que apresentem exantema maculopapular pruriginoso (erupção aguda e generalizada), acompanhado de pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre baixa ou inaparente, hiperemia conjuntival sem secreção e prurido, poliartralgia, edema periarticular.

Monitoramento – O monitoramento dos mosquitos adultos é uma iniciativa implantada em pela prefeitura, em 2012. Com a metodologia, é possível acompanhar, semanalmente, a densidade de mosquitos adultos em cada uma das armadilhas. O número de coletas de fêmeas adultas do inseto gera o IMFA, considerado por semana epidemiológica. Este índice é dividido em satisfatório, moderado, alerta e crítico, de acordo com o número de fêmeas coletadas no total das armadilhas. Respectivamente, cada uma das faixas tem o seguinte intervalo de IMFA: satisfatório, 0 a 0,15; moderado, 0,15 a 0,30; alerta, 0,30 a 0,60; e crítico, IMFA superior a 0,60. O IMFA da cidade poderá ser consultado no site ‘Onde Está o Aedes” (www.ondeestaoaedes.com.br), mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, no menu Monitoramento, acompanhando o mapa semanal da infestação publicado no site.

 

Patrícia Coelho

Lissandra Mendonça