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Situação da dengue na cidade passa para nível crítico
A confirmação de um caso de dengue grave — em paciente que esteve internada e já obteve alta hospitalar —, somada à alta infestação de mosquitos Aedes aegypti e ao aumento de confirmação de casos da doença, já caracterizando uma epidemia, fizeram com que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) definisse um novo patamar no Plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunya do Município (acesse a íntegra nesta seção do site). Desde esta sexta-feira, 8, a cidade encontra-se no Nível 2 do Plano, que vai de 0 a 3.
Nesta sexta, a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da SMS emitiu para a rede de serviços de saúde da cidade um Alerta Epidemiológico no qual é informado o novo Nível de atenção para a doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, que exige maior atenção da vigilância ambiental e epidemiológica, além da assistência aos pacientes.
Com a circulação viral, agentes de combate a endemias da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) percorrem os bairros com maior infestação e confirmação de casos para orientar a população e fazer busca ativa de outras pessoas com sintomas compatíveis com a dengue, além da remoção mecânica de criadouros de mosquitos.
“É essencial que nas áreas com maior número de casos as pessoas estejam atentas a sintomas compatíveis com a dengue — febre e dois ou mais dos seguintes sintomas: dor atrás dos olhos, manchinhas vermelhas no corpo, dor nas articulações, dores musculares, dor de cabeça, náuseas e vômitos — e, diante deles, procurem atendimento na rede de saúde com a maior brevidade possível, para fazer os exames em tempo hábil e iniciar o tratamento”, explica a diretora da DVS, Fernanda Fernandes.
De acordo com o Painel de Casos de Dengue, Zika e Chikungunya da Prefeitura, foram notificadas 1.279 suspeitas de dengue entre moradores de Porto Alegre, com 725 confirmações, sendo 708 contraídos na cidade (autóctones). Este é o maior número de casos contraídos no município desde a identificação dos primeiros, em 2010. Em 2019, quando a zona Norte concentrou a maior parte das ocorrências, foram 439 casos autóctones da doença confirmados na Capital.
Neste ano, há casos em todas as regiões da cidade, com maior prevalência nos bairros Jardim Carvalho, Bom Jesus e Vila Nova, localizados nos distritos sanitários Leste e Centro Sul, com 422 e 81 confirmações, respectivamente.
A diretora da Vigilância em Saúde destaca que a dengue é uma doença séria, que pode evoluir para óbito. O tratamento é feito na rede pública e privada, sendo importante iniciar as medidas de hidratação do paciente com a maior brevidade possível.
Texto: Patrícia Coelho