Comitê de combate ao Aedes aegypti debate ações contra o mosquito

09/11/2018 15:10
Patrícia Coelho/Divulgação PMPA
SAÚDE
Reunião de mobilização foi realizada na manhã desta sexta-feira, 9

Foi realizada na manhã desta sexta-feira, 9, na sede da Secretaria Estadual de Saúde (SES), reunião do comitê estadual de combate ao Aedes aegypti. Foram apresentados o cenário epidemiológico das doenças transmitidas pelo Aedes no Estado e a proposta para a mobilização contra o vetor da dengue, zika e chikungunya, prevista para a última semana de novembro. Representaram a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) o coordenador da Vigilância em Saúde, Anderson de Lima, o coordenador da Atenção Primária de saúde (APS), Thiago Frank, e o assessor da CGVS, Roger Halla. 

De acordo com os dados da SES, 313 municípios gaúchos apresentam infestação vetorial do Aedes. Considera-se infestação, para a pesquisa, a coleta de pelo menos um mosquito Aedes aegypti no período de 12 meses. Em 2017, 249 cidades gaúchas foram categorizadas como infestadas.

Anderson Lima apresentou o sistema de armadilhas de monitoramento do Aedes aegypti adotado por Porto Alegre e enfatizou a ampliação do MI Aedes ainda em 2018. Até o momento, são 1.218 armadilhas espalhadas em 42 bairros da cidade. Com a expansão, prevista para começar ainda em novembro, mais 17 bairros serão monitorados, com utilização de 216 armadilhas, o que elevará para 1.434 o número de unidades em operação na cidade. O sistema opera em área habitada por cerca de 1 milhão de porto-alegrenses. 

A mobilização nacional contra o Aedes será entre 26 e 30 de novembro. O dia D será na sexta, 30. As atividades a serem desenvolvidas no Rio Grande do Sul e na Capital serão definidas nas próximas semanas e divulgadas com antecedência. 

Em relação às doenças transmitidas pelo vetor, os dados até a Semana Epidemiológica 44 (dados até 3/11) para o Estado apresentados são:  

Dengue – 693 notificações, com confirmação de 21 casos importados da doença e sem registro de caso autóctone (contraído no RS). Desses 21,1 casos são da Capital.

Chikungunya – 257 notificações, com confirmação de 19 casos, sendo 11 autóctones e oito importados e registro de um óbito, em paciente de Santana do Livramento. Não há registro de confirmação em Porto Alegre. 

Síndrome congênita pelo zika vírus – 75 notificações, com 35 casos descartados e 34 em investação. Houve cinco casos de confirmação de casos categorizados como Storch (sigla para Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes) e 1 de infecção por zika vírus, de Santo Ângelo. Não há casos em Porto Alegre. 

Patrícia Coelho

Denise Righi