Crianças e adolescentes com problemas de visão recebem óculos
Para qualificar o atendimento integral a crianças e adolescentes, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) desenvolve o programa Porto Olhar Alegre. Nesta segunda e terça-feira, 5 e 6, foi a vez de cem crianças de diferentes regiões da cidade escolherem as armações, que poderão ser retiradas em cerca de 30 dias. A exposição das peças ocorreu nos centros de saúde Murialdo e Santa Marta. Desde agosto, 164 óculos foram entregues pelo programa na Capital.
O Porto Olhar Alegre fornece óculos para a faixa etária até 18 anos. A partir de licitações realizadas anualmente, é estabelecido fluxo com a ótica vencedora para a confecção de lentes e óculos com modelos e tamanhos variados e adequados a cada faixa etária. A última edição teve início em agosto e contempla fornecer mil peças no período de um ano, das quais 990 monofocais e dez bifocais, incluindo armação e lentes.
Grande parte da demanda é gerada pelo Programa Saúde na Escola (PSE), do Ministério da Saúde, no qual as unidades fazem a triagem visual, com exame oftalmológico. Conforme a técnica da área de Saúde da Criança e do Adolescente, Catia Stein, o programa é mais uma estratégia adotada pela SMS para qualificar a assistência e o acesso de crianças e adolescentes, visando ao desenvolvimento integral. “Com a era digital, as crianças têm apresentado problemas visuais cada vez mais cedo”, comenta. Segundo ela, dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia mostram que 20% das crianças em fase escolar apresentam problemas de visão, sendo o principal deles a miopia.
Para ter acesso aos óculos, pais ou responsáveis devem procurar a unidade de saúde de referência, conforme o endereço de moradia, solicitando avaliação. Além disso, a triagem é realizada pelas unidades de saúde em alunos de escolas públicas municipais e estaduais de Porto Alegre pactuadas no PSE. “A partir das triagens de acuidade visual feitas nas escolas, os casos que apresentam alterações são encaminhados à unidade de saúde de referência, para consulta oftalmológica”, informa Catia. Este é o quarto ano do projeto na Capital.
Gilmar Martins