Dia Mundial de Combate à Tuberculose alerta para a importância do tratamento contínuo

24/03/2022 15:58
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Saúde atendeu população de rua nesta quinta-feira

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está realizando, desde o início da semana, diversas atividades alusivas ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado nesta quinta-feira, 24. A data ressalta a importância da prevenção, tratamento e diagnóstico precoce. Porto Alegre é a quarta Capital do país em casos novos e números de óbitos relacionados à doença.

Conforme o boletim epidemiológico de tuberculose de 2021, o Brasil está entre os 30 países com mais casos da enfermidade. No município, são 70,7 casos novos e 4,6 casos de morte por 100 mil habitantes.

Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Tuberculose da Coordenadoria da Atenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis da SMS, Cristina Bettin Waechter, a resposta para esse alto índice da doença está relacionada à má distribuição de renda. “A tuberculose é um dos agravos mais fortemente influenciados pela determinação social, apresentando uma relação direta com a pobreza e a exclusão”, explica Cristina.  

Centros Pop - Por atingir as populações mais vulneráveis, a SMS promoveu, na manhã desta quinta-feira, atendimento à população de rua frequentadora dos Centros Pop 2 e 3. Nos locais, as equipes da Unidade de Saúde Navegantes e Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e Unidade de Saúde Santa Marta, promoveram atividades de orientação e acesso ao tratamento. Os participantes também puderam realizar rastreamento e coleta de amostra de escarro.

Estima-se que mais ou menos 30% da população mundial esteja infectada, embora nem todos venham a desenvolver a tuberculose, que é transmitida pelo ar e afeta principalmente os pulmões. Isso porque, há indivíduos que se comportam como reservatórios do bacilo causador da doença. De acordo com Cristina, a bactéria pode viver inativa dentro do organismo. “Nesse caso o indivíduo tem a doença e não manifesta os sintomas como a tosse continua, febre baixa, suor noturno, perda de peso e fadiga. Se o sistema imunológico enfraquecer, como acontece com pessoas vivendo com HIV/aids, a bactéria pode se tornar ativa”, destaca.   

Apesar de o tratamento ser relativamente simples e gratuito, é comum que os pacientes parem de tomar os medicamentos assim que apresentam melhora nos sintomas. “Algumas pessoas sentem uma melhora significativa nos primeiros dez ou 15 dias, mas isso não quer dizer o fim da tuberculose. A cura acontece com, no mínimo seis meses de tratamento”, completa a coordenadora.

As principais medidas preventivas são: vacinação das crianças, manter os locais ventilados e procurar as unidades de saúde em caso de sintomas ou contato com um caso positivo. 

Ações programadas:

Sábado, 26:
13h às 17h: Ação da Frente Parlamentar em Defesa de Políticas Públicas para a Periferia com apoio da SMS (orientações sobre prevenção e combate à tuberculose e às infecções sexualmente transmissíveis)   
Local: Praça México, rua Ada Vaz Cabeda, 497, bairro Alto Petrópolis
Em caso de chuva o evento será transferido

Quarta-feira, 30:
10h: Lançamento da 5ª edição do livro Tuberculose na Atenção Primária, organizado pela Gerência de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC)
Local: Auditório Jahyr Boeira de Almeida, Centro Administrativo do GHC
 

Cláudia Fleury

Lissandra Mendonça