Equipes visitam 1.080 imóveis em 32 bairros no Dia D contra a Dengue

02/04/2022 16:35
Cesar Lopes / PMPA
EXECUTIVO
Prefeito Sebastião Melo acompanhou o trabalho das equipes e conversou com moradores

O sábado, 2, foi de intenso trabalho para as equipes da prefeitura no Dia D contra a Dengue. Com início às 9h, foram visitados 1.080 imóveis de 32 bairros de Porto Alegre, nos quarteirões onde se identificou maior infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A ação reuniu profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Diretoria de Vigilância em Saúde, com apoio de integrantes da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e Comando Militar do Sul.

O prefeito Sebastião Melo conferiu o trabalho das equipes e reforça que a prefeitura está fazendo o dever de casa, mas cada cidadão precisa fazer a sua parte para impedir o avanço da dengue. “Quero pedir o apoio da população de Porto Alegre para que cuide da limpeza do seu pátio. Precisamos nos unir para combater possíveis focos do mosquito transmissor”, convoca. O secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, também acompanhou a ação pela manhã.

Até as 15h, as equipes atuaram em duplas com visitas a residências para alertar moradores quanto à importância de revisar pátios e imóveis para evitar locais com água parada, retirando possíveis criadouros do mosquito. Estavam fechados 1.164 imóveis ou o morador não atendeu. A iniciativa faz parte da força-tarefa criada pela prefeitura em função do alto número de casos da doença em Porto Alegre neste ano. 

Cesar Lopes / PMPA
EXECUTIVO
Maioria dos criadouros do mosquito transmissor da dengue está nos pátios e dentro dos imóveis

Durante a ação, foram atendidas 57 demandas da população que chegaram pelo fone 156. "Esperamos que os moradores que receberam as equipes da prefeitura possam ser multiplicadores, transmitindo aos vizinhos as informações que receberam e, dessa forma, auxiliando a reduzir os índices de infestação do Aedes", afirma a diretora de Vigilância em Saúde, Fernanda Fernandes. No caso de focos irregulares de lixo em terrenos baldios, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) será informado para que vá aos locais na próxima semana.   

De 2 de janeiro a 1º de abril, foram notificados 1.026 casos suspeitos de dengue entre moradores de Porto Alegre, dos quais 608 foram confirmados, sendo 592 contraídos na cidade. Os dados são constantemente atualizados (veja no link) e estão sujeitos à alteração.  

Bairros visitados - Aberta dos Morros, Agronomia, Auxiliadora, Bela Vista, Bom Jesus, Camaquã, Chácara das Pedras, Cidade Baixa, Cristo Redentor, Floresta, Higienópolis, Hípica, Ipanema, Independência, Jardim Botânico, Jardim Carvalho, Jardim Sabará, Jardim Floresta, Jardim Isabel, Menino Deus, Moinhos de Vento, Mont’Serrat, Partenon, Passo d’Areia, Petrópolis, Pedra Redonda, Rio Branco, Santa Cecília, Santana, São João, Vila Ipiranga e Vila Jardim.

Sintomas - A dengue pode manifestar quadros leves com vários sintomas, além de ser uma doença dinâmica, que pode evoluir para casos com maior gravidade. Os sintomas mais comuns são febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos duas das seguintes manifestações: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos e prostração. No aparecimento desses sintomas, é importante procurar atendimento em um serviço de saúde para avaliação.

Dez minutos por semana - A maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, está nos pátios e dentro dos imóveis. Dedique dez minutos semanais para cuidar de sua casa, pois o ciclo de vida do mosquito pode se completar em até dez dias. 

  • Escove caixas d’água, tanques, piscinas, floreiras, bebedouros e parte interna de qualquer objeto que acumule água.
  • Tampe qualquer recipiente ou vasilha onde se armazene água.
  • Vire ou deixe abrigado qualquer recipiente ou vasilha onde possa acumular água.
  • Descarte garrafas, latas, bandejas e qualquer coisa sem uso que junte água.
  • Caso encontre algum recipiente já com larvas, basta derramar a água na terra ou na grama e elas morrerão. Elas não sobrevivem fora d'água. Não esqueça de escovar a parte interna do recipiente para acabar com os ovos. Eles podem ficar até 500 dias em ambiente seco antes de eclodirem, o que só acontece em contato com a água. 
  • Nas regiões com alto número de casos de dengue, é indicado que os moradores utilizem repelente na pele.

Outras informações podem ser obtidas no site Onde está o Aedes.

Vanessa Conte

Gilmar Martins