Hospital Restinga completa dez anos de atendimentos em saúde na Capital
Os dez anos do Hospital Restinga e Extremo-Sul foram celebrados nesta segunda-feira, 1º de julho, em cerimônia no auditório da instituição, que contou com a presença de autoridades, apoiadores e representantes da comunidade. Há exatamente uma década o HRES iniciava as operações em Porto Alegre, atendendo as necessidades em saúde especializada da população local, que então precisava se deslocar até 20km em busca de um centro de saúde. ConstruÃdo com recursos do Programa Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), a operação da instituição foi custeada com recursos federal, estadual e municipal. Desde agosto de 2018 é gerido pela Associação Hospitalar Vila Nova.
Atualmente o hospital conta com 187 leitos hospitalares cirúrgicos, clÃnicos, de emergência e UTI. Desses, para a Operação Inverno do MunicÃpio, abriu 60 leitos adultos e pediátricos para demandas mais urgentes da estação mais fria. Em 2023 realizou cerca de 90 mil atendimentos emergenciais.
“O Hospital da Restinga é mais um exemplo de como a mobilização popular rende frutos importantes para a sociedade. Iniciativa de muitos atores, em conjunto com a comunidade da região, o HRES atende não somente o Extremo-Sul da Capital, mas pessoas de outros territórios da nossa Porto Alegre e Região Metropolitana.†- prefeito Sebastião Melo.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, destacou o projeto da maternidade da região, que será construÃdo em anexo aos hospital e atenderá pelo Sistema Único de Saúde. “É uma reivindicação da comunidade local há mais de quatro décadas e está mais próxima de se tornar realidade. Recebemos parecer favorável do Ministério da Saúde, e entendemos a importância desta ampliação para a comunidade.â€
"O Hospital Restinga e Extremo-Sul é um legado para a sociedade. Seguimos apoiando, com doação de mobiliário hospitalar e, durante a pandemia, com reforço à estrutura de combate à Covid-19", destaca o CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, que iniciou o projeto do HRES. O investimento foi de R$ 230 milhões. Na época, foram gerados 300 empregos diretos e outros 150 indiretos.
Maternidade - O complexo de assistência materna e pediátrica será construÃdo em anexo ao Hospital Restinga, prevendo a criação de 91 leitos com assistência à s populações da Restinga, Extremo-Sul (bairros Belém Novo, Chapéu do Sol, Leageado, Lami e Ponta Grossa) e Lomba do Pinheiro, que contam com cerca de 150 mil habitantes, sendo mais de 50% mulheres. Nesses territórios definidos para referência da maternidade, além de considerar outros municÃpios da Região Metropolitana, como Viamão, Alvorada e Cachoeirinha, grande parte da população está em situação de vulnerabilidade e risco social.
A proposta passará por análise econômica avaliada inicialmente em R$ 103 milhões, dos quais R$ 54 milhões para a primeira etapa, que abrange a construção. O restante será utilizado para equipamentos.
Conforme dados mais recentes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), a maternidade na região seria capaz de absorver mais de 7,5 mil partos por ano de moradores de Porto Alegre e municÃpios vizinhos. Atualmente, as maternidades da Capital operam acima da capacidade de atendimento.
Gilmar Martins