Mau tempo cancela ação educativa contra o Aedes na Vila Pinto

30/11/2018 11:12

O mau tempo registrado na manhã desta sexta-feira, 30, Dia D de Mobilização contra o Aedes aegypti em todo o país, cancelou a ação educativa, de orientação e fiscalização que seria realizada na Vila Pinto, zona Leste da cidade. Nova data será agendada para realização da atividade.

A ação foi uma das consequências da reunião dessa quinta-feira, 29, do Grupo Executivo Municipal das Ações de Combate ao Aedes, no Paço Municipal. Na ocasião, o prefeito em exercício Gustavo Paim e secretários de pastas cujas atribuições podem contribuir para reduzir a infestação do vetor de dengue, zika e chikungunya, conheceram detalhes do sistema de monitoramento integrado do Aedes, que está em funcionamento na cidade desde 2012.

De acordo com o diretor adjunto da Vigilância em Saúde Municipal, José Carlos Sangiovanni, “o MI Aedes é uma ferramenta à disposição de toda a prefeitura, capaz de contribuir para a definição de ações integradas de controle do vetor”. 

O sistema conta, com 1.218 armadilhas de monitoramento de Aedes, em 42 bairros da cidade, onde moram aproximadamente 800 mil pessoas. Ainda durante esta verão, o MI Aedes será ampliado, incluindo mais 15 bairros, elevando o número de armadilhas para 1.434 (serão mais 216). “Depois de ampliado o sistema, cerca de um milhão de moradores de Porto Alegre estarão na abrangência da área de monitoramento”, explica Sangiovanni.

À disposição do poder público, o MI Aedes produz mapas com a situação vetorial da cidade todas as semanas. Cada armadilha é vistoriada uma vez por semana, ao longo de todo ano. No momento da vistoria, o agente de combate a endemias lança no tablet do sistema a quantidade de fêmeas do Aedes aegypti coletadas naquela armadilha naquela semana. Os dados compõem o "Mapa do Aedes”, que vai sendo montado no site www.ondeestaoaedes.com.br na medida em que as vistorias estão sendo feitas, com atualização na plataforma a cada cinco minutos.

Da equação quantidade de fêmeas coletadas x armadilhas vistoriadas resulta o Índice Médio de Fêmeas do Aedes (IMFA), que representa o índice de infestação vetorial geral da cidade. “Esse dado pode embasar ações integradas e, também, ações rotineiras de órgãos municipais, de acordo com a cor das armadilhas em cada semana”, afirma o gestor da CGVS.

O indicativo para o verão é de clima quente e úmido, em função do fenômeno El Niño. “Essas condições são propícias para o desenvolvimento do mosquito, por isso que ações preventivas e intervenções específicas são importantes desde antes da chegada do verão”, resume Sangiovanni.

Porto Alegre registrou um caso importado de dengue em 2018, de um morador da cidade. Outro caso, de uma turista que passou pela Capital, também foi confirmado aqui. Não houve casos de chikungunya nem de infecção por zika vírus. De acordo com a série histórica da cidade, os casos de dengue autóctone (contraídos na própria Capital) têm sido registrados em intervalos de três anos: 2010, 2013 e 2016. A estatística indica atenção redobrada para 2019. 

Patrícia Coelho

Denise Righi