Porto Alegre confirma 36 casos autóctones de dengue
Porto Alegre tem confirmação de 41 casos de dengue até 6 de abril (final da Semana Epidemiológica 14). Do total, 36 são casos autóctones (contraídos na cidade) e cinco são casos importados. Todos os casos autóctones são do bairro Santa Rosa de Lima, na zona norte, desencadeando ações integradas da prefeitura visando interromper ou diminuir a transmissão viral na região. Os dados estão sujeitos a revisão.
Os pacientes com confirmação de infecção fora da cidade têm histórico de viagem a Fernando de Noronha/PE (2), Belém do Pará/PA (1), Betim/MG (1) e Vitória/ES (1). Um caso importado de infecção por vírus chikungunya também foi confirmado na Capital, em paciente que viajou para o Rio de Janeiro. Os casos confirmados importados também tiveram ação de inseticida, realizados próximo à moradia dos pacientes, nos bairros São João, Arquipélago, Vila Ipiranga, Santana e Ipanema (dengue) e Higienópolis (chikungunya).
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 8, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
A enfermeira Jana Ferrer, responsável pela vigilância da dengue, zika e chikungunya na SMS informa que desde 30 de dezembro passado, 129 notificações de suspeitas de dengue foram notificadas à Vigilância em Saúde, sendo 31 casos descartados e 41 confirmados. Outros 57 continuam em investigação, aguardando resultado de exames laboratoriais.
Sintomas – A SMS alerta a população do bairro Santa Rosa de Lima, o mais afetado pela transmissão viral de dengue em 2019, que, em caso de sintomas compatíveis com a dengue – febre, dor no corpo, náuseas, vômitos, falta de apetite, dor atrás dos olhos, entre outros, procure a unidade de saúde mais próxima, referindo ser morador de bairro com transmissão autóctone da doença.
“Isso pode gerar um diagnóstico mais ágil e rápido”, explica o diretor da CGVS Anderson de Lima. Pessoas com suspeita de dengue têm sangue coletado para realização de exame laboratorial. Dependendo do resultado, novos exames são realizados.
A partir da notificação de suspeita, e confirmação de casos, ações de controle vetorial são desencadeadas na região, como aplicação de inseticida, intensificação de remoção de entulhos e resíduos, fiscalização de comércios de recicláveis, visitas domiciliares para identificação e remoção de criadouros de mosquitos Aedes aegypti.
A SMS ampliou para o bairro Santa Rosa de Lima, que já teve 16 ações para pulverização de inseticida, o sistema de monitoramento por armadilhas. As armadilhas capturam o vetor e dão o indicativo da infestação vetorial a cada semana nos locais onde estão instaladas. As vistoriais compõem o mapa do Aedes, que está disponível no site.
Matheus Beust