Porto Alegre tem 5.754 casos de dengue confirmados neste ano
Até 25 de maio, Porto Alegre tem 5.754 casos confirmados de dengue em 2024: 5.375 foram contraÃdos na cidade (autóctones), 274 são importados (infecção fora da cidade) e 105 têm local de infecção indeterminado.
A soma de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças TransmissÃveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chega a 30.918 no ano. Em 2023, no mesmo perÃodo, foram 7.841 notificações e 5.188 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão.Â
As duas últimas semanas epidemiológicas (20 e 21) registraram 304 casos confirmados. Em 2023, no mesmo perÃodo, foram 970. Até o momento, houve oito óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: sete do sexo feminino (um na faixa dos 21 aos 30 anos (inÃcio de sintomas na SE 19), três na faixa etária de 31 a 40 anos, cujos sintomas iniciaram na SE 11, SE 16 e SE 17, um na faixa etária 50-60 anos, sintomas da SE 18, um na faixa etária dos 70 aos 80 anos, com inÃcio de sintomas na SE 14), e um na faixa acima de 80 anos, da SE 17; e um do sexo masculino, entre 70 a 80 anos, com sintomas da SE 14.
Os dados estão no boletim epidemiológico publicado nesta terça-feira, 28, pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS. O levantamento apresenta informações cumulativas até a semana epidemiológica 21 de 2024 (dados cumulativos, até 25 de maio, atualizados na segunda-feira, 27).
A faixa etária dos 21 a 30 anos ainda mantém a maior proporção dos casos confirmados (17,2%), e a maioria dos pacientes são do sexo feminino (53%). Os principais sintomas relatados são febre (referida em 5.264 casos, ou 93,2%), seguido por mialgia (dor no corpo), em 4.696 casos, e cefaleia (dor de cabeça), em 4.682 casos confirmados. Em todo o ano os três sintomas são os prevalentes relatados pelos pacientes, sendo que mialgia e cefaleia se alternam em algumas semanas.Â
Todos os bairros da cidade registraram casos de dengue neste ano, evidenciando a necessidade de manter e reforçar a atuação sobre os reservatórios de mosquitos em cada região. Lixo reciclável/seco e plantas expostos à s chuvas e ao acúmulo de água, bem como os depósitos fixos, como ralos, caixas d’água não vedadas e piscinas não tratadas são os principais tipos de criadouros responsáveis pelos altos nÃveis de infestação de mosquitos em todas as regiões com casos de dengue na cidade. A situação da cidade a partir do final dos alagamentos merece atenção das comunidades, na medida em que muitos pontos de água acumulada podem permanecer nos bairros.   Â
Em relação à infestação vetorial, desde a SE 18, excepcionalmente, em decorrência da enchente que atingiu Porto Alegre, com impacto em vários bairros monitorados em relação à infestação vetorial, a equipe de monitoramento das armadilhas está impossibilitada de executar suas visitas semanais aos imóveis que possuem dispositivos tipo MosquiTRAP (armadilhas para monitoramento do Aedes aegypti). Por essa razão, os responsáveis pelos imóveis onde as armadilhas estão alojadas são orientados a desativá-las por tempo indeterminado. A desativação consiste apenas em virar o dispositivo, eliminando a água de seu interior. A partir da avaliação técnica que permita a retomada da rotina de monitoramento, as armadilhas serão reativadas. Â
O Boletim Epidemiológico é uma publicação prevista no Plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunya da SMS. Mais informações sobre a dengue e a infestação do mosquito Aedes aegypti em Porto Alegre estão no endereço www.ondeestaoaedes.com.br.
Cristiano Vieira