Porto Alegre tem 6.386 casos de dengue confirmados em 2024
Porto Alegre tem 6.386 casos confirmados de dengue em 2024 até o dia 1º de junho. Do total, 5.986 foram contraídos na cidade (autóctones), 293 são importados (infecção fora da cidade) e 107 têm local de infecção indeterminado.
O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) soma 31.730 no ano. Em 2023, no mesmo período, foram 8.326 notificações e 5.621 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão.
As duas últimas semanas epidemiológicas (21 e 22) somam 130 casos confirmados. Em 2023, no mesmo período, foram 877. Até o momento, houve oito óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: sete do sexo feminino (um na faixa dos 21 aos 30 anos - início de sintomas na SE 19); três na faixa etária de 31 a 40 anos, cujos sintomas iniciaram na SE 11, SE 16 e SE 17; um na faixa etária 50-60 anos, sintomas da SE 18; um na faixa etária dos 70 aos 80 anos, com início de sintomas na SE 14 e um na faixa acima de 80 anos, da SE 17; e um do sexo masculino, entre 70 a 80 anos, com sintomas da SE 14.
Os dados constam no boletim epidemiológico publicado nesta quarta-feira, 5, pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS. O levantamento apresenta informações até a semana epidemiológica 22 de 2024 (dados cumulativos até 1 de junho, atualizados na segunda-feira, 3).
A faixa etária dos 21 a 30 anos ainda mantém a maior proporção dos casos (17,5%), e a maioria dos pacientes são do sexo feminino (52,9%). Os principais sintomas relatados são febre (referida em 5.864 casos, ou 93,1%), seguido por mialgia (dor no corpo), em 5.207 casos, e cefaleia (dor de cabeça), em 5.197 casos confirmados.
Nas duas semanas, foram confirmados casos em 51 bairros da cidade. Cumulativamente, todos os bairros de Porto Alegre registraram ocorrência de dengue neste ano, evidenciando a necessidade de manter e reforçar a atuação sobre os reservatórios de mosquitos em cada região.
A equipe de monitoramento das armadilhas está retomando as suas atividades de rotina, com perspectiva é de que na próxima semana existam dados atualizados em relação à infestação de Aedes aegypti. Esse momento de limpeza dos pátios e eliminação de resíduos é importante para evitar criadouros do vetor, o lixo reciclável/seco, plantas e recipientes expostos às chuvas e ao acúmulo de água. Os depósitos fixos, como ralos, caixas d’água não vedadas e piscinas não tratadas, são os principais tipos de criadouros de mosquitos.
“A instabilidade ambiental relativa ao lixo, decorrente dos rejeitos particulares acumulados nas ruas após a inundação ocorrida no mês de maio, alerta para os cuidados ambientais que devem ser realizados por toda a sociedade e de imediato para evitar novos casos da doença, uma vez que a temperatura ambiente mantém-se instável e, por vezes, ainda acima de 18ºC, apesar das baixas em relação à média do mês de maio”, destaca a diretora-adjunta da DVS, Juliana Pinto.
O Boletim Epidemiológico é uma publicação prevista no Plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunya da SMS. Mais informações aqui.
Cristiano Vieira