Prefeitura faz força-tarefa em aldeia Mbyá-Guarani

07/02/2019 14:32
Rosa Rosado/SMS PMPA
SAÚDE
Servidores levantaram as necessidades dos moradores e prestaram serviços aos Mbyá-Guarani

Equipes de saúde e assistência social da prefeitura realizaram força-tarefa na Aldeia Mbyá-Guarani da Ponta do Arado Velho. Iniciativa conjunta das secretarias municipais de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) e de Saúde (SMS), a ação realizada na manhã dessa quarta-feira, 6, contou com apoio logístico da Capitania Fluvial de Porto Alegre. O local onde se situa a comunidade indígena somente pode ser acessado por meio de embarcação, que foi disponibilizada pela Marinha do Brasil.

Além de conhecer o espaço de vida da comunidade, os servidores levantaram as necessidades dos moradores e prestaram serviços aos Mbyá-Guarani no local em que se encontram, conforme preconiza a legislação vigente relativa aos direitos específicos e diferenciados dos povos indígenas. “Em termos de atendimento à saúde, a visita foi imprescindível, pois a responsabilidade pelo cuidado das pessoas mbyá requer atenção diferenciada e reconhecimento da experiência pessoal e coletiva neste espaço”, afirma a assessora técnica do núcleo de equidade da SMS, Rosa Rosado. Segundo ela, é importante entender o contexto sociocultural para uma abordagem adequada à realidade cotidiana vivenciada pelos usuários indígenas. No atendimento, o médico residente em saúde da família Bruno Friedrich, da Unidade de Saúde Belém Novo, deu especial atenção às demandas de saúde das crianças mbyá. Após o primeiro atendimento, foram prescritos medicamentos básicos. 

Com relação à assistência social, identificou-se que nem todas as famílias têm acesso a benefícios socioassistenciais. “Atualmente, a comunidade Mbyá-Guarani da Ponta do Arado encontra-se isolada e em uma situação de extrema vulnerabilidade”, comenta a coordenadora-geral de Direitos Humanos da SMDSE, Jaqueline Kalakun, que acompanhou o trabalho. “Diante desta realidade, a força tarefa municipal se organizará para dar os devidos encaminhamentos aos setores competentes”, completa. Conforme Jaqueline, as equipes identificaram a necessidade de acesso à comunidade de forma periódica, para que sejam atendidas as demandas básicas de saúde e de assistência social.

Também participaram da força-tarefa o coordenador da Unidade dos Povos Indígenas e Direitos Específicos da SMDSE, Guilherme Fuhr, setor articulador da ação, e o assessor técnico Rodrigo Ciconet Dornelles; a gerente distrital de Saúde da Restinga Extremo-Sul, Rosana Neibert. Da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) participaram Isabela Arregui Binz, da Proteção Social Básica, com atendimento da assistente social Cristina de Lima Marques e do psicólogo Guilherme Hozlt, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Extremo-Sul, a assistente social Ângela Aguiar e o educador social David Mantolof, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Restinga/Extermo-Sul. A força-tarefa também contou com o acompanhamento do Centro de Relação Institucional Participativa (Crip) Extermo-Sul, por meio do coordenador em exercício, Máximo Alfonso.  

 

Vanessa Conte

Denise Righi