Prefeitura pulveriza inseticida para reduzir risco de transmissão da dengue
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou na manhã desta terça-feira, 8, ação para pulverizar inseticida em parte da rua André da Rocha, na Cidade Baixa. O objetivo é diminuir a população adulta de mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.
A pulverização foi necessária devido a um morador da região Centro-Oeste do Brasil - que teve confirmação da doença - ter se hospedado no bairro durante o período da viremia – quando o vírus circula no sangue. As ações de pulverização são chamadas bloqueio de transmissão porque impedem a transmissão viral. O paciente, na viremia, se for picado por uma fêmea do mosquito, passará o vírus para o inseto.
“Uma vez infectada, a fêmea pode transmitir o vírus por toda a sua vida, que dura em média 30 dias”, explica Fernando Ritter, diretor da Diretoria da Vigilância em Saúde (DVS), órgão da SMS responsável pela coordenação do trabalho.
Sintomas - Moradores da região pulverizada nesta manhã devem ficar atentos a sintomas compatíveis com a dengue. Entre eles, febre com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: manchas vermelhas no corpo, dor de cabeça, dores musculares ou nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, vermelhidão nos olhos ou diminuição dos leucócitos (detectado em exame de sangue). Em caso de observação desse quadro clínico, a recomendação é buscar atendimento médico, referindo local com confirmação recente de caso da doença.
Prevenção - Como as temperaturas estão mais elevadas e com período de férias e de viagens, é importante incrementar as medidas de controle do vetor, dentre elas verificação e eliminação de água parada em pátios, calhas, ralos, além de descarte de resíduos inservíveis, entre outras – antes da viagem e após o retorno à cidade.
“Essencial ter olhos atentos para qualquer objeto que possa acumular água neste momento, pois uma limpeza correta resulta na retirada de ovos e larvas do mosquito nos recipientes”, destaca Ritter.
Pessoas que viajarem para locais com transmissão viral de dengue, chikungunya e zika devem adotar medidas de proteção individual, como uso de repelentes, incluindo as gestantes. No retorno a Porto Alegre, em caso de presença de sintomas de qualquer dessas doenças, a indicação é buscar atendimento médico o mais rápido possível.
Casos suspeitos - Em 2022, foram notificadas 16 suspeitas de dengue na cidade, sendo nove descartadas e sete ainda em investigação. Duas pessoas, residentes fora da Capital, passaram período de viremia em Porto Alegre. Esses casos são reportados aos municípios de origem, não entrando para as estatísticas locais, explica a enfermeira Raquel Rosa, chefe da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis. Em relação à chikungunya, um caso importado foi notificado e confirmado.
Ações de bloqueio - Operações de bloqueio não podem ser solicitadas à DVS pela população. O serviço é feito somente após a confirmação de casos de dengue e avaliação da equipe técnica do Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores em conjunto com a Vigilância Epidemiológica da DVS.
Lissandra Mendonça