Cristine Rochol/PMPA

Auxiliar na reinserção social de pessoas com transtornos mentais está entre as funções do Residencial Terapêutico Nova Vida, que completa 32 anos em agosto, servindo de modelo para a criação dos serviços nesse formato no país. Moradia temporária para pessoas com sofrimento psíquico grave e persistente vindas de hospitais psiquiátricos, o local recebe até dez moradores. Fornece alimentação, serviço de enfermagem, acompanhamento psicossocial e terapêutico individual. Também possui acompanhamento clínico em serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), além de grupos terapêuticos e de trabalho, como oficinas de culinária e artesanato.

O espaço está entre os cinco residenciais terapêuticos mantidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Conforme a coordenadora, enfermeira Carla Rosane Medeiros, é importante que os usuários se sintam acolhidos e respeitados. “Além do cuidado profissional, o principal ingrediente dessa atenção é o afeto, é o que faz a diferença na manutenção da qualidade de vida, enquanto a autonomia estiver comprometida”, explica.

Cristine Rochol/PMPA

Comemoração – Desde 2014, Rita (45) passa o aniversário com os amigos que fez no Nova Vida. Na companhia de Marli (61), que chegou em 2018, elas comemoram a data no mesmo mês do residencial. Nessa quarta-feira, 24, os moradores se reuniram para cantar um parabéns especial com direito a bolo, música e muita alegria. A decoração contou com um arco de balões coloridos e mesa de doces e salgados. Animada, Rita fez pose para as fotos. As duas amigas estavam felizes em celebrar mais um ano de vida (fotos). 

A equipe de profissionais também participou da festa. É composta por técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeira, monitores, técnica de nutrição e uma nutricionista duas vezes por semana, além de trabalhadores da cozinha, portaria, limpeza e higiene.   

Residencial Terapêutico Nova Vida – O foco do trabalho é a promoção da cidadania e da autonomia. O objetivo é que as pessoas com transtornos mentais que moram no residencial retornem às suas famílias e à sociedade em condições mais independentes e dignas. Porto Alegre foi pioneira na implantação de um residencial terapêutico no país, anterior à legislação que regulamentou o serviço em 2000 (Portaria 106/MS), e anterior também ao processo de Reforma Psiquiátrica, de 1992. Hoje, a Capital conta com cinco residenciais: Nova Vida, Centro, Lar da Amizade (região Norte), Sul Centro-Sul e Nise da Silveira (região Leste).