Saúde alerta sobre casos de sarampo no país
A Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu nesta quinta-feira, 25, Nota Informativa aos serviços de saúde da Capital sobre a importância da detecção precoce e notificação de suspeitas de casos de sarampo durante atendimentos de saúde.
A nota leva em consideração os dados do mais recente boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, que atesta aumento no número de casos da doença em outras regiões do país, especialmente nas regiões Sudeste – com destaque para São Paulo – e Norte (dos 561 casos confirmados, 484 são do Estado de São Paulo, 53 do Pará, 12 do Rio de Janeiro e outros 12 casos estão distribuídos entre MG, AM, RR e SC).
A enfermeira chefe da EVDT, Sonia Regina Coradini, explica que “é imprescindível detectar e notificar rapidamente qualquer caso suspeito de sarampo, independentemente do histórico vacinal do paciente, se possível identificando histórico de viagem ou contato com caso suspeito, o que possibilitará que as medidas de controle sejam realizadas oportunamente, evitando ou interrompendo a cadeia de transmissão viral”.
Uma suspeita de sarampo se caracteriza por pessoa, independentemente de idade e situação vacinal, que apresente febre e manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular) acompanhados por um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, coriza e conjuntivite.
A técnica da SMS destaca que, a partir da notificação, a SMS desencadeia medidas como a coleta de sangue e de secreção naso/orofaríngeo (swab), visando ao diagnóstico laboratorial.
No documento emitido às fontes notificadoras, a EVDT destaca ainda a importância da atualização vacinal, com administração da vacina Tríplice Viral – disponível na rede pública, em todas as salas de vacina da SMS. Segundo levantamento do Núcleo de Imunizações da SMS, das 140 salas mantidas pela secretaria, quatro estão fechadas: Moradas da Hípica (Gerência Distrital – GD – Sul/Centro-Sul), 5ª Unidade e Chapéu do Sol (GD Restinga/Extremo-Sul) e 1º de Maio, na GD Glória/Cruzeiro/Cristal.
“Pessoas que viajaram ou viajarão para áreas de circulação de casos de sarampo (locais com confirmação de casos), no Brasil ou no exterior, devem averiguar sua situação vacinal e se necessário, antes da viagem, o ideal é serem imunizadas até 10 dias”, explica Sonia. São consideradas vacinadas pessoas de 12 meses a 29 anos com comprovação de duas doses de vacina com componente sarampo/caxumba/rubéola (tríplice viral); pessoas de 30 a 49 anos que comprovem uma dose de Tríplice Viral; além de profissionais de saúde, independentemente da idade, com comprovação de duas doses.
O sarampo é uma doença potencialmente grave, transmitida por secreções como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. A vacina é a forma mais eficaz de prevenir. O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de cerca de 12 dias, mas a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram placas avermelhadas na pele.
Elisandra Borba