Saúde amplia sistema de monitoramento do Aedes aegypti
As zonas Sul e Norte da cidade começam a receber 144 novas armadilhas de monitoramento do mosquito Aedes aegypti nesta semana. A etapa atual da expansão do sistema de monitoramento integrado do Aedes aegypti (MI Aedes) está dividida em duas fases. Na primeira, serão instaladas 144 unidades em 13 bairros das zonas Sul e Norte. Na segunda, serão outras 72, totalizando 216 armadilhas. Atualmente, o MI Aedes conta com 1.218 armadilhas, instaladas em 45 bairros. O trabalho é realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores (EVRV/CGVS/SMS).
Nessa segunda-feira, 10, agentes de combate a endemias (ACE) da SMS estiveram no bairro São Sebastião, na zona Norte. Para a região Norte, também são previstas armadilhas nos bairros Jardim Lindoia, Jardim Floresta, Jardim São Pedro, Santa Maria Goretti, São João, São Geraldo, Navegantes e Cristo Redentor. Na zona Sul, o trabalho é para instalar unidades de monitoramento nos bairros Camaquã, Tristeza, Vila Assunção e Vila Conceição.
De acordo com a chefe da EVRV, Rosa Maria Carvalho, a intenção é concluir os trabalhos até dia 21. “A partir de 7 de janeiro, as novas áreas começam a ser vistoriadas por ACE, gerando em tempo real, o índice de infestação do inseto na área vistoriada”, explica a médica veterinária. O prazo poderá ser estendido, pois, para a instalação das armadilhas, ACE e profissionais que atuam na EVRV/SMS buscarão a parceria de moradores ou comerciantes dos bairros. Todas as armadilhas da cidade estão localizadas em imóveis residenciais ou comerciais cujos proprietários concordaram em ceder o espaço e receber, semanalmente, a visita do agente de controle de endemias para vistoria das unidades.
Rosa Maria explica os critérios para implantação dessas unidades. Na zona Norte, a instalação prioriza o eixo longitudinal das avenidas Sertório e Assis Brasil. “Essa região concentra empresas transportadoras interestaduais que possuem alojamentos para seus motoristas, e já tivemos casos importados de dengue reportados ou notificação de suspeitas”, diz a chefe da equipe. Na zona Sul, o critério foi a semelhança dos bairros com outros da mesma região da cidade em que houve transmissão de vírus em anos anteriores, como Ipanema e Vila Nova, ambos bairros com casas com pátios arborizados.
Com o MI Aedes, a prefeitura acompanha, semanalmente, o índice de infestação vetorial, em especial de fêmeas do Aedes aegypti nos bairros onde há armadilhas. Além disso, é possível monitorar eventual circulação viral das doenças veiculadas pelo mosquito na região, pois todas as fêmeas de Aedes aegypti coletadas nas armadilhas de monitoramento são analisadas laboratorialmente para averiguar a presença de vírus da dengue, zika ou chikungunya no inseto.
Atualmente, 24 agentes de combate a endemias vinculados ao Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) trabalham na EVRV, dos quais 20 exclusivamente na vistoria das armadilhas de monitoramento.
Mapa – Veja aqui o mapa de monitoramento nos bairros
Denise Righi