Saúde bloqueia caso importado de chikungunya nesta sexta-feira

08/02/2019 08:37

Trechos de seis ruas do bairro Higienópolis receberão pulverização de inseticida nesta sexta-feira, 8, a partir das 9h30. A operação acontece após a notificação e confirmação de um caso importado de infecção pelo vírus chikungunya de um morador de Porto Alegre com histórico de viagem ao Rio de Janeiro no mês de janeiro. A suspeita foi notificada à Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância em Saúde em 31 de janeiro, quando se iniciou a investigação epidemiológica. O raio da ação é de 150 metros a partir da residência do paciente.

As ruas – e os trechos delas - que serão pulverizados com a deltametrina são os seguintes:

Rua Luzitana, lado par, entre as ruas Corcovado e Marquês do Pombal
Rua Portugal, entre a Praça Alberto Ramos e a Travessa Jundiaí
Rua Cel. Feijó, entre a Praça Alberto Ramos e a Travessa Jundiaí
Travessa Sul, entre as ruas Portugal e Dr. Eduardo Chartier
Travessa Jundiaí, entre as ruas Portugal e Dr. Eduardo Chartier
Travessa Aurélio Porto

Na região, a prefeitura mantém o monitoramento integrado do Aedes (MI Aedes), com uso de armadilhas. Os dados do MI Aedes indicam que há baixa infestação vetorial nas últimas semanas. A médica veterinária Rosa Maria Carvalho, que coordenará a ação em campo, destaca que o trabalho é feito para diminuir o risco de transmissão viral. “Para evitar que o paciente seja picado por uma fêmea, que depois, ao picar outra pessoa vai iniciar o ciclo de transmissão autóctone (quando a transmissão ocorre no próprio local, ou cidade), a pulverização de inseticida é realizada, visando eliminar os mosquitos que possam ter se infectado durante o periodo de viremia da paciente”, explica a técnica.

Ela destaca que para haver transmissão viral para uma pessoa, a fêmea do mosquito precisa estar infectada. Não há em Porto Alegre registro de fêmeas contaminadas com o vírus - todas as fêmeas de Aedes coletadas nas armadilhas de monitoramento são enviadas para análise laboratorial em Minas Gerais. Os mosquitos coletados não estão infectados, diz Rosa Maria. “Por isso se busca evitar que o paciente com suspeita da infecção seja picado, o que daria início ao processo de infecção da fêmea e, a partir daí, de transmissão do vírus a todas as pessoas que forem picadas depois”, detalha a técnica.

Ainda que a região apresente infestação baixa, o MI Aedes indica aumento progressivo no índice de infestação vetorial em Porto Alegre. Nesta semana (Semana Epidemiológica 6, que vai de 3 a 9/2), infestação considerada com status “alerta”. Nessa condição, é importante que todos os responsáveis por imóveis revisem, uma vez por semana, pátios, quintais, caixas d’água, ralos, calhas e quaisquer recipientes que possam acumular água e, com isso, ser usados pelas fêmeas para a postura dos ovos.  Em uma semana, no calor, um ovo eclode, nasce a larva, que vira pupa e depois o inseto alado. 

 

Patricia Coelho

Andrea Brasil