Saúde confirma 413 casos de dengue na Capital em 2019

09/07/2019 17:23
Eduardo Beleske/PMPA
SAÚDE
Só em 2019, mais de 90 pulverizações foram feitas nos bairros com transmissão confirmada

O número de casos confirmados de dengue em Porto Alegre chegou a 413 neste ano, dos quais 397 foram contraídos na cidade, chamados autóctones. O levantamento foi atualizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na tarde desta terça-feira, 9. O bairro com maior registro de casos confirmados continua sendo o Santa Rosa de Lima, com 318 pacientes infectados.

Os outros 79 casos contraídos na cidade estão divididos em 18 bairros: Bom Jesus, com 17 casos; Jardim Lindoia, com 15; Jardim Floresta com 13; Sarandi com sete; Rubem Berta e Jardim Carvalho com seis cada um; Jardim Leopoldina, Floresta e Mario Quintana com dois cada um; Cristo Redentor, Sétimo Céu, São Sebastião, Vila Ipiranga, Jardim São Pedro, Morro Santana, Vila Nova, Lomba do Pinheiro e Partenon registraram respectivamente um caso em cada bairro.
 
Os 16 casos importados que completam o número de 413 pacientes são de pessoas cujos locais prováveis de infecção são: dois de Fernando de Noronha (PE), um de Palmas (TO), um de Belém do Pará (PA), um de Vitória (ES), um de Betim (MG), um de São José do Rio Preto (SP), um de Campinas (SP), dois de São Paulo (SP), dois do Rio de Janeiro (RJ), um de Dourados (MT), um de Marechal Cândido Rondon (PR), um de Canoas (RS) e um de Teresina (PI).
 
Os números são do boletim emitido pela Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da SMS e estão sujeitos à revisão. Em 2019, mais de 90 pulverizações foram feitas nos bairros com transmissão confirmada. 

Conforme orientações do Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores da SMS, neste período em que o número de adultos de Aedes aegypti diminui em função do frio, algumas medidas podem ser adotadas para eliminar os ovos deixados no ambiente, que darão origem à nova população de mosquitos quando esquentar. "Esses ovos foram colocados pelas fêmeas em locais passíveis de acúmulo de água", comenta o médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior.

Confira as orientações:

  • Recolher do pátio o material que pode ser descartado (latinhas, potes plásticos, garrafas PET, vidros, copos descartáveis), colocando em saco plástico para coleta seletiva do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
  • Limpar com esponja e sabão a parte interna de utensílios domésticos e de jardinagem, como baldes, bacias, potes e regadores. Após, colocá-los secos em local coberto. A mesma limpeza deve ser feita com os pratinhos de vasos de plantas.
  • Usar o mesmo método para limpar a borda interna de caixas d'água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva.
  • Limpar também com esponja e sabão as paredes dos ralos de escoamento de águas da chuva.
  • Idem com piscinas infantis que tenham sido deixadas no pátio. Depois, secar e guardar em local coberto.

Nas áreas onde houve transmissão viral, além de revisar os imóveis uma vez por semana, eliminando qualquer foco de água parada e lixo, os moradores devem adotar medidas preventivas individuais, como uso de repelente corporal e elétrico. No caso de sintomas compatíveis com a dengue - febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, pintinhas vermelhas na pele, fraqueza, dor muscular e nas juntas, náuseas e vômitos - a orientação é procurar atendimento de saúde o mais rapidamente possível. 

 

Vanessa Conte

Taís Dimer Dihl