Operação Ferros-Velhos aumenta número de sanções administrativas em 133%
A Operação Ferros-Velhos, ofensiva criada para intensificar o combate aos crimes de furto e receptação em Porto Alegre, aumentou em 133% o número de sanções administrativas aplicadas entre 2022 e 2023. O balanço, divulgado pela Secretaria Municipal de Segurança (Smseg) nesta sexta-feira, 23, mostra que 124 estabelecimentos foram interditados, autuados ou notificados no ano passado.
No mesmo período, em 2022, foram 53 sanções. “Os números são resultado da intensificação das ações, que acontecem praticamente todos os dias. O objetivo da prefeitura é contribuir para a regulação do setor, beneficiando a economia e aumentando a sensação de segurança da população”, afirma o secretário adjunto de Segurança, Comissário Zottis.
Ao todo, a ofensiva interditou 30 ferros-velhos no ano passado. No mesmo período, o número de autuações chegou a 56, enquanto 38 estabelecimentos foram notificados. Por outro lado, o número de prisões registradas pela operação caiu: em 2022, foram 36 (incluindo três capturas de foragidos), enquanto em 2023 o total foi de 28 (sendo quatro relacionadas a pessoas procuradas pela Justiça).
“As irregularidades encontradas foram, em geral, mais brandas. No último ano, tivemos a chegada de uma nova legislação - que determinou, entre outras coisas, a instalação de câmeras nos ferros-velhos. Este fator fez os agentes percorrerem os estabelecimentos para prestar orientações, inclusive por meio de uma cartilha impressa elaborada pela administração”, ressalta.
O último ano também representou uma marca histórica no âmbito da apreensão de fios e cabos na Capital. Houve o registro de cerca de 1,1 tonelada de materiais oriundos de crimes como furto e roubo recuperados na cidade entre 1º de janeiro e 31 de dezembro. A fiação passou a ser alvo mais frequentes de ações criminosas nos últimos anos, em decorrência da valorização do cobre no mercado informal.
Integração - A Operação Ferros-Velhos mobiliza Guarda Municipal e Diretoria-Geral de Fiscalização (DGF). Participam, ainda, órgãos como a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Brigada Militar e Polícia Civil. Há o apoio das concessionárias de distribuição de energia, sinal de telefonia e internet.
Denúncias - A população pode auxiliar no trabalho das forças de segurança e fiscalização por meio de denúncias, que devem ser encaminhadas pelo telefone 153 ou no aplicativo 156+POA. A central telefônica funciona 24 horas por dia, a partir do Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic-POA), e aceita ligações anônimas.
Andrea Brasil