Acidentes de trânsito com mortes caem 48% em Porto Alegre em oito anos
O segundo Boletim Epidemiológico do Programa Vida no Trânsito, que está sendo lançado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e a Diretoria-Geral de Vigilância em Saúde (DGVS), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mostra que o número de acidentes com mortes em Porto Alegre caiu 48% em 2018 em relação a 2010. Já as ocorrências com vÃtimas em geral tiveram queda de 43% (7.563 para 4.297), e o total de acidentes de trânsito diminuiu 54% nesses oito anos.
A redução é resultado de ações desenvolvidas com a colaboração do Programa Vida no Trânsito, coordenado pelo Ministério da Saúde. O objetivo do programa é analisar os casos registrados e identificar os fatores e condutas de risco que acarretam acidentes fatais. A partir daÃ, são desenvolvidas ações de prevenção. Porto Alegre faz parte da Década de Ação no Trânsito (2011 a 2020), estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a meta de diminuir em 50% o Ãndice de mortes no trânsito até este ano.Â
De acordo com o Boletim Epidemiológico, as principais vÃtimas fatais de acidentes com óbitos são os pedestres, seguidos de condutores e ocupantes de motocicletas e de motoristas e ocupantes de automóveis. Esses três perfis corresponderam a 93,4% das mortes. Os pedestres representaram 44% dos óbitos de 2015 a 2018 - e entre eles, 50,7% eram idosos. Já os motociclistas foram 30,8% das vÃtimas fatais. As mortes de acidentes envolvendo ciclistas equivaleram a 4,5% e foram as que tiveram a maior redução, de 42,9%. O documento informa também que os acidentes do tipo abalroamento e colisão foram os mais frequentes e representaram 80% do total entre 2012 e 2018. Â
Com base no diagnóstico de que os pedestres idosos e os motociclistas são os mais vulneráveis, a EPTC elaborou os projetos Pedestre Idoso e Motociclista Seguro, para ampliar a conscientização desses grupos sobre a necessidade do autocuidado em seus deslocamentos.
Sobre os fatores de risco associados aos acidentes com mortes, o Boletim Epidemiológico mostra que as principais causas entre 2015 e 2018 foram velocidade excessiva ou inadequada, uso de álcool, falta de habilitação, desrespeito à sinalização e conversões em locais proibidos. Em relação ao boletim anterior, a condução sem habilitação e as conversões impróprias tiveram crescimento e praticamente se igualaram em importância ao excesso de velocidade e à  combinação de álcool e direção.Â
Acesse aqui o boletim completo.
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Gilmar Martins