Casa Betânia atende 356 mulheres vítimas de violência em dois anos
Destinada a acolher mulheres vítimas de violência, a Casa Betânia completa dois anos nesta quinta-feira, 28. Neste período, passaram pelo local 356 mulheres, além de 219 crianças e adolescentes.
Iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, por meio da Coordenadoria de Direitos da Mulher, a casa funciona na Zona Sul da Capital e integra a Rede Conta Comigo, formada por setores municipais, estaduais e federais, além da sociedade civil, com o objetivo de prevenir a violência contra a mulher e orientar a população.
“As políticas públicas para as mulheres devem ser feitas em uma rede coesa de proteção. A Casa Betânia é um exemplo, pois além de acolher no primeiro momento, oferece suporte para uma transição em busca de uma vida mais digna para a mulher vítima de violência”, explica o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Jorge Brasil.
Acolhimento - Ocorre por meio de encaminhamentos feito pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher Márcia Calixto (Cram) a pedido dos demais serviços da rede de proteção à mulher (Delegacia de Mulher, Vara de Violência Doméstica, Centros de Referência Especializada de Assistência Social, Centros de Referência de Assistência Social, entre outros). Não é necessário que a vítima tenha feito registro de ocorrência na Delegacia da Mulher.
“Mais do que um espaço de acolhimento sigiloso, a Casa Betânia demonstrou ser um lugar de cura e resgate da autoestima das mulheres. Temos muitos casos de virada de chave, com uma nova vida para elas”, completa a coordenadora de Direitos da Mulher da SMDS, Fernanda Mendes Ribeiro.
Como funciona - Durante os primeiros 15 dias na casa, é elaborado um plano de organização dos próximos passos da mulher e seus filhos, incluindo encaminhamentos para postos de saúde, escolas e obtenção de documentos, além do acompanhamento por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, assistentes sociais, profissionais da área jurídica, técnicos de enfermagem, educadores físicos, nutricionistas e monitores.
Após esse período inicial, o prazo de permanência pode ser prorrogado por mais 15 dias. A Casa Betânia apresenta relatórios mensais sobre as visitas da equipe de monitoramento, garantindo a qualidade dos serviços prestados. A gestão é da Organização Social Civil (OSC) Centro Social Antônio Gianelli.
Como procurar ajuda:
Centro de Referência de Atendimento à Mulher Márcia Calixto (51) 3289-5110
Delegacia da mulher de Porto Alegre: (51) 3288-2673 ou (51) 3288-2173
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
Defensoria pública (Núcleo Especializado de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar): (51) 3225-0777
190 - Brigada Militar
Andrea Brasil