Novo relatório indicará as áreas de risco de Porto Alegre
Diversos órgãos da Prefeitura de Porto Alegre reuniram-se na tarde desta quarta-feira, 9, para discutir as ações que farão parte da atualização do novo levantamento das áreas de risco do município, que será realizado pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) em parceria com a Defesa Civil. Os trabalhos iniciam-se no dia 21 deste mês, no Arroio Passo das Pedras.
O secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado, ressaltou a importância da transversalidade entre as secretarias para conseguir sinalizar os locais mais críticos da cidade. “Nosso desafio é identificar outras áreas que possuem características de locais de risco e que não estão no último relatório feito pela CPRM, em 2013,” disse o secretário.
O primeiro passo do trabalho será feito nas bacias hidrográficas da Capital, onde muitas famílias vivem às margens dos rios. De acordo com o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Franco Buffon, as equipes visitarão todos os locais indicados pela Prefeitura. “Iremos revisitar alguns locais, pois há um avanço no número de regiões consideradas de risco, e por isso precisamos fazer uma reanálise de algumas localidades,” comentou Buffon.
De acordo com o coordenador-adjunto da Defesa Civil, Fabrício Gonçalves, o estudo é de grande importância para conseguir precisar com clareza as famílias que mais precisam. " Esse levantamento serve para termos uma previsão de atuação em locais onde pode correr eventuais sinistros e também para ações de prevenções. Com esse estudo, conseguimos mapear as famílias que vivem nos mais variados riscos, como hidrológico ou desabamento." Na reunião também foram discutidas a logística e metodologia que as equipes utilizarão para iniciar os trabalhos que serão realizados, ao menos, uma vez por mês.
Características - Atualmente, existem 119 áreas de risco mapeadas em Porto Alegre, onde vivem, aproximadamente, 44 mil famílias. Este número permanece em constantes alterações em função de mudanças e também novas moradias que são construídas de maneira irregular. O último levantamento foi realizado em 2013, pela CPRM.
Também participaram do encontro representantes da Defesa Civil, Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária (SMHARF), Secretaria Municipal de MeioAmbiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) e CPRM.
Gilmar Martins