Vidas salvas: Capital pode atingir meta de trânsito da ONU
A gradativa redução da acidentalidade no trânsito possibilita que a cidade de Porto Alegre alcance a meta da Década de Ação da ONU - 76 vidas perdidas no trânsito em um ano, estabelecida para 2020 - dois anos antes. De acordo com dados divulgados pela Coordenação de Informações de Trânsito (CIT) da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), de janeiro a novembro, foi registrado o menor número de mortes dos últimos 20 anos para o perÃodo. Em 2017, 83 pessoas perderam a vida desde janeiro; em 2018, foram 68, uma redução de 18%.Â
Em 2011, a Organização das Nações Unidas determinou que a redução da projeção do número de mortes fosse de 50%. Se a tendência continuasse, mesmo com uma sinalização de queda naquela época, seriam computadas 152 mortes em 2020. Marcelo Soletti, diretor-presidente da EPTC, afirma que o trabalho contra a violência no trânsito continuará intenso: “Apesar do número preocupante, cada vida salva é comemorada e mostra que estamos no caminho certo. Além das blitze diárias, junto com o Detran, Guarda Municipal e demais órgãos de segurança, com ênfase na questão do álcool e direção, daremos continuidade à s ações contra o excesso de velocidade. Elas serão somadas, também, à s medidas de engenharia de tráfego, à s atividades educativas aos motoristas e de proteção aos ciclistas e pedestres, ainda mais neste corre-corre de final de ano, para prevenir os acidentesâ€.Â
O mês de novembro encerrou com menos 16% em acidentes (1.087 a 909) na comparação com o mesmo perÃodo de 2017; além de menos 21% em feridos (492 a 386); e menos 28% em vÃtimas fatais (7 a 5).Â
Como foi possÃvel essa redução - Para reduzir a acidentalidade, Porto Alegre aposta em ações de Educação, Fiscalização e Infraestrutura. Todas as ações são baseadas nos Ãndices de acidentalidade. Locais, público (pedestres, idosos, motociclistas) e infrações mais cometidas são considerados balizadores e alertas para agir em locais e públicos que estão sofrendo mais acidentes e mortes.Â
A prefeitura entende que a educação é um dos pilares da mobilidade urbana e assim trata do assunto, interna e externamente. Em 1998, ano de criação da EPTC, já começou a ser formada a estrutura, que hoje é a Coordenação de Educação para Mobilidade. Uma equipe de 20 pessoas, sendo 13 agentes de trânsito, que desenvolvem diversas ações em escolas, empresas e instituições, com o objetivo de reduzir os Ãndices de acidentalidade, mortos e feridos no trânsito. A equipe trabalha em uma sede própria e executa mais de dez projetos permanentes de educação para o trânsito. Só em 2018 já foram realizadas 451 ações, que tiveram engajamento de mais de 42 mil pessoas. O principal objetivo é transformar cada uma delas em um multiplicador para um trânsito seguro.Â
Números do trânsito no Brasil
• Mais de um milhão de pessoas morrem nas ruas e estradas do mundo a cada ano. No Brasil, as estatÃsticas indicam cerca de 50 mil mortos anuais.
• Milhões de pessoas ficam feridas, a maioria de forma permanente. No Brasil, os números indicam 500 mil feridos.
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Andrea Brasil