Boletim epidemiológico traz dados da Doença de Chagas na Capital
A Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lançou novo boletim epidemiológico. Chegando ao número 73, a publicação trimestral traz artigos sobre a vigilância, infectividade e distribuição geográfica dos vetores da Doença de Chagas em Porto Alegre, fazendo série histórica de 2003 a 2018, o enfrentamento da hanseníase em Porto Alegre e a eliminação da transmissão materno-infantil do HIV e sífilis na capital gaúcha. O leitor também encontra orientações do projeto Pedestre Idoso do programa Vida no Trânsito, além das tabelas de agravos de notificação de 2018 e parte de 2019 (até semana epidemiológica 20), com números de casos de Aids, hepatites virais e algumas doenças sexualmente transmissíveis.
Contribuem com o conteúdo técnicos da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT), profissionais que atuam na vigilância de roedores e vetores e na vigilância de doenças não transmissíveis. No editorial, a cirurgiã-dentista Letícia Tonding, responsável pela publicação na EVDT, enfatiza a importância do monitoramento ambiental do vetor da Doença de Chagas, ainda que não existam registros da fase aguda da doença em humanos na cidade. “No banco de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) consta apenas um caso de morador da cidade, do ano de 2013, em que a investigação descartou a doença.”
Sobre a hanseníase, é destacado o histórico da vigilância do agravo no município pela SMS, desde 2005. A publicação frisa que, de acordo com diretriz do Ministério da Saúde, a meta para o plano estadual de enfrentamento à hanseníase é o aumento da taxa de detecção da doença a partir de diagnóstico precoce.
O terceiro artigo, sobre a vigilância da transmissão vertical do HIV e da sífilis em Porto Alegre, apresenta situações epidemiológicas diferentes. “A transmissão vertical do HIV está reduzindo progressivamente desde o ano de 2013 e é de 2,4% no ano de 2018, aproximando-se da meta traçada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, em relação à sífilis congênita, as perspectivas não são de atingimento da meta da OMS em curto espaço de tempo”, destaca Letícia.
Ao trazer para as páginas do periódico a cartilha do pedestre idoso, a intenção, explica o editorial, é “aumentar a conscientização por um trânsito mais seguro, considerando as orientações para esta faixa etária de acordo com as suas necessidades.”
O boletim epidemiológico da EVDT é lançado exclusivamente na versão digital, estando disponível neste link. Todas as edições podem ser acessadas aqui.
Patrícia Coelho
Andrea Brasil