Combate à dengue: equipes vistoriam cinco bairros nesta quinta-feira
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está empenhada em frear a transmissão da dengue na Capital. Nesta quinta-feira, 31, as equipes de saúde realizaram vistorias nos bairros Jardim Carvalho, Floresta, Santana e Cavalhada. Os profissionais também estiveram no antigo Estádio OlÃmpico, no bairro Azenha, após receber denúncia de possÃveis criadouros do mosquito no local.Â
Nas visitas, as equipes orientam a população sobre circulação viral, fazem busca ativa de outros casos suspeitos da doença ou de pessoas com sintomas compatÃveis com a dengue, além da remoção mecânica de criadouros de mosquitos. Ao identificarem focos irregulares de lixo, as equipes notificam o proprietário do imóvel ou o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), conforme a situação.
“É importante que os moradores autorizem a entrada das equipes nas residênciasâ€, diz o coordenador da Unidade de Vigilância Ambiental da Diretoria de Vigilância em Saúde, Alex Lamas. Os agentes estão identificados com crachás e vestem coletes da Prefeitura de Porto Alegre. Em caso de dúvida, os moradores podem entrar em contato pelo fone 156 e confirmar a matrÃcula e o nome dos profissionais.
Maior número em dez anos – O número de casos confirmados de dengue em 2022 é o maior dos últimos dez anos em Porto Alegre, de acordo com levantamento da Diretoria de Vigilância em Saúde. Os maiores registros são de 2013, com 219 casos; 2016, com 355; e 2019, quando a cidade chegou ao total de 461 registros. Neste ano, já são 557 casos confirmados da doença, que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Entre os bairros que registram mais casos de dengue, de acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado nesta quarta-feira, 30, estão Jardim Carvalho, Vila Nova, Bom Jesus, Partenon, Ipanema, Cavalhada, Vila São José e Vila Jardim. A detecção de mosquitos em armadilhas espalhadas na cidade mostra que 27 bairros apresentam alta infestação, sendo que 11 em situação de alerta, cinco bairros moderados e dois com baixa infestação de mosquitos detectados.Â
O diretor de Vigilância em Saúde, Fernando Ritter, explica que esse aumento se dá por um conjunto de fatores: o clima está bastante chuvoso e isso permite acúmulo de água; as famÃlias deixaram de se preocupar com a dengue em função de dois anos de pandemia de Covid-19; dificuldade inicial de fazer o diagnóstico precoce pelos sintomas serem muito parecidos com o coronavÃrus; e uma questão epidemiológica que mostra que, a cada três anos, há um aumento de casos na cidade e no Rio Grande do Sul. “É preciso que as pessoas voltem a um estado de alerta para outras doenças que não deixaram de existir e podem provocar sobrecarga no sistema de saúdeâ€, afirma Ritter.
Confira os cuidados em pátios e imóveis no site Onde está o Aedes.
Registros de casos de dengue em Porto Alegre nos últimos dez anos:
2013 - 219
2014 - 19
2015 - 74
2016 - 355
2017 - 02
2018 - 01
2019 - 461
2020 - 39
2021 - 83
2022 - 557
Lissandra Mendonça