Estado deve utilizar sistemas informatizados da Saúde da Capital
O uso do Sistema de Gerenciamento de Internações (Gerint), de Consultas (Gercon) e de Procedimentos de Alta Complexidade (Gerpac) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) foi aprovado em reunião da Comissão Intergestores Bipartites (CIB). O encontro ocorreu na manhã desta terça-feira, 13, na sede do órgão estadual reunindo dirigentes da SES e de órgãos de representação estadual dos secretários municipais de saúde. Os sistemas, desenvolvidos pela Procempa e pela Secretaria Municipal de Saúde e implantados no município de Porto Alegre, deverão dar mais agilidade e qualidade ao fluxo dos pacientes, reduzindo listas de espera. "Esta é uma inovação importante do município de Porto Alegre que será utilizada em todo o Rio Grande do Sul", destaca o prefeito Nelson Marchezan Júnior.
Os sistemas permitem ainda a identificação do paciente através do Cartão Nacional de Saúde, identificação das unidades de Saúde e dos profissionais solicitantes e executantes pelo Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Cnes), além do compartilhamento de informações com os prontuários eletrônicos dos serviços de saúde. Todos os hospitais de Porto Alegre já usam o Sistema de Gerenciamento de Internações. "Teremos uma inteligência do Sistema Único de Saúde de todo o Estado, o que trará mais eficiência ao serviço prestado”, explica o secretário municipal da Saúde, Erno Harzheim.
O secretário diz que a identificação da prioridade clínica dentro de cada especialidade foi uma aplicação do sistema. De acordo com ele, os pacientes mais graves são atendidos com prioridade e os hospitais também podem utilizar o Gerint como uma ferramenta de gestão. “Estamos trabalhando com estratégias sistêmicas e perenes para a resolução dos problemas de filas de espera nos hospitais. Para alcançar este objetivo, nada mais importante do que informações integradas, claras e transparentes”, afirma.
Comissão Intergestores - A Comissão Intergestores Bipartites (CIB) é formada paritariamente por dirigentes da Secretaria Estadual de Saúde e do órgão de representação estadual dos Secretários Municipais de Saúde sendo responsáveis pela negociação e decisão quanto aos aspectos operacionais do SUS. O eixo principal é a prática do planejamento integrado entre as instâncias municipais e estadual de governo.
Cabe ao colegiado a análise de processos que dizem respeito ao financiamento e à descentralização da estrutura gestora do SUS. A estruturação e funcionamento da rede de serviços propagados pelo nível federal e estadual necessitam da apreciação e aprovação na CIB para serem implementadas como, por exemplo, processos de habilitação municipal às diferentes condições de gestão propostas pelas normas operacionais do SUS; critérios para as transferências de recursos financeiros federais (definição dos tetos financeiros municipais e acompanhamento do gerenciamento local dos recursos transferidos) e credenciamento de novos serviços de saúde.
Gilmar Martins