Saúde destaca importância do Teste do Pezinho no diagnóstico de doenças graves
O Teste do Pezinho permite o diagnóstico precoce e a prevenção de doenças que podem trazer sequelas irreversíveis, evitáveis a partir da coleta de uma gota de sangue do calcanhar do bebê na primeira semana de vida. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aproveita o Dia Nacional do Teste do Pezinho, lembrado neste sábado, 6, para destacar a importância do exame, que deve ser feito preferencialmente de três a cinco dias do nascimento.
O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV) é o Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul desde 2001. No local, são diagnosticadas seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Nesta sexta-feira, 5, às 12h, será realizada live com o tema Desafios da Triagem Neonatal em tempos de Covid-19: experiência de São Paulo e do Rio Grande do Sul, promovida pela Rede Universitária de Telemedicina, com a participação da coordenadora do serviço de triagem do HMIPV, Simone Castro, e da endocrinologista pediátrica Cristiane Kopacek.
“A triagem, busca ativa e confirmação diagnóstica dos bebês com suspeita de doença são realizadas por equipe multiprofissional especializada de bioquímicos, pediatras, endocrinologistas, pneumologistas, geneticistas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, que além dos exames confirmatórios, acompanha o tratamento por toda a vida do indivíduo”, explica Simone. A coleta de sangue e a retirada do resultado do exame devem ocorrer na unidade de saúde de referência. As orientações são feitas à mãe durante a preparação do pré-natal.
Em 2019, o hospital recebeu 102.349 cartões com gotas de sangue coletados de bebês da rede pública dos 497 municípios do estado. Conforme Simone, foram diagnosticados e estão em acompanhamento 127 crianças com fenilcetonúria, 1.356 com hipotireoidismo congênito, 206 por triagem alterada de hiperplasia adrenal congênita e 28 com deficiência de biotinidase. Outras 83 crianças tiveram diagnóstico de fibrose cística e 290 de hemoglobinopatias, sendo esses pacientes referenciados para serviços especializados logo após o fechamento do diagnóstico.
Denise Righi